Peritos constatam que a falta de medidas adequadas agravou os efeitos dos acidentes nucleares no Japão

26/12/2011 - 10h39

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil


Brasília – Depois de nove meses dos acidentes radioativos relacionados à Usina de Fukushima Daiichi, no Japão, peritos japoneses e estrangeiros concluíram que medidas de precaução adequadas poderiam ter evitado vários episódios registrados em 11 de março deste ano. Na ocasião, um terremoto seguido por tsunami causou danos nos reatores da usina provocando explosões e vazamentos.

A conclusão foi divulgada hoje (26) durante um painel de peritos no Japão. Durante os debates, especialistas disseram que os acidentes demonstraram a necessidade de ampliar as medidas de prevenção referentes às ações de emergência relativas à usina. Segundo eles, houve falhas no que se refere às influências de terremotos e tsunamis na estrutura física da usina.

''Não se pode negar que faltou às pessoas envolvidas nas ações relativas ao desastre nuclear, como os responsáveis pela gestão e operação de usinas nucleares, uma avaliação mais ampla para a prevenção de catástrofes nucleares'', informou o relatório divulgado hoje.

Os vazamentos e as explosões registrados em Fukushima ainda geram consequências no Japão e no mundo. Nove cidades japonesas que cercam a usina foram esvaziadas e as pessoas passaram a viver de forma improvisada. Os alimentos produzidos na região foram proibidos para consumo.

Crianças e adolescentes são monitorados permanentemente para verificação do nível de radiação. Paralelamente, o governo do Japão passou a reexaminar o uso e o funcionamento das usinas de energia elétrica no país.

 


*Com informações da agência oficial de notícias do Japão, Kyodo   //   Edição: Lílian Beraldo