Precaução com raios ultravioleta deve aumentar mesmo com dias nublados, recomenda médica

21/12/2011 - 14h39

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Predominância de nuvens e chuvas no Rio é a previsão para o verão que começa amanhã (21), segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). As condições atípicas, porém, não diminuem a necessidade de prevenção contra os raios ultravioleta, que causam câncer e o envelhecimento precoce. Segundo a dermatologista Daniela Lemes Nunes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, mesmo sem sol, é preciso usar protetor solar e evitar a exposição prolongada ao sol.
 
"No verão é quando os raios ultravioleta são mais intensos devido à proximidade da Terra com o Sol, principalmente entre as 10h e as 16 horas. O protetor solar deve ser aplicado diariamente pelo menos 20 minutos antes da exposição ao sol", disse a médica, acrescentando que o suor e a água retiram o protetor, por isso é importante reaplicá-lo a cada três horas.

Segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca), as expectativas para 2012 são de 65 novos casos de câncer de pele não melanoma para cada 100 mil homens e 71 para cada 100 mil mulheres.

De acordo com a dermatologista, a tendência é que o protetor solar se torne cada vez mais fundamental ao longo dos anos, mesmo dentro de casa.

"A camada de ozônio é a única capaz de filtrar os raios ultravioleta tipo C, altamente danosos e que ainda não chegam até nós. Mas com a poluição e o aquecimento global, a diminuição da camada de ozônio continua e aí teremos mais um problema para a saúde".

No site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) é possível ver a incidência diária dos raios ultravioleta. Na segunda semana de dezembro, grande parte do país aparece com incidência desse raio considerada alta e muito alta – a escala é composta por índice baixo, moderado, alto, muito alto e extremo.

Daniela Nunes explicou que como a exposição solar é cumulativa, é fundamental cuidar desde cedo. "Se a pessoa tomou muito sol desde pequeno durante muitos anos, esse efeito da radiação ultravioleta no DNA celular e na alteração das fibras de colágeno e elastina se somatiza e pode se tornar um câncer de pele mais tarde".

Além do protetor solar, a médica recomenda boné, chapéu ou guarda-sol para proteger orelhas, nuca, nariz e boca, e mesmo mulheres que usam maquiagem com filtro não podem dispensar o protetor solar. "A proteção do filtro da maquiagem será complementar, porque os filtros são baixos", esclareu Daniela.

Edição: Graça Adjuto