Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Deverão ser liberados até amanhã (16), por meio de medida provisória (MP), recursos de R$ 48 milhões para investimentos, pelas Forças Armadas, em equipamentos para prestar assistência às populações de cidades que poderão ser afetadas por cheias no Sul e no Sudeste. No próximo ano, deverão ser investidos recursos da mesma monta em equipamentos para as regiões Norte e Nordeste, segundo informou hoje (15) o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra
A Defesa Civil vai contar, a partir deste mês, com dois centros de informações sobre ocorrências climáticas, que vão funcionar 24 horas por dia e poderão divulgar as condições do tempo com intervalo de duas a seis horas – um será administrado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e o outro, pelo Ministério da Integração Nacional.
Segundo Bezerra, a Defesa Civil está preparada para as chuvas do verão. No início deste ano, menos de 500 municípios estavam cadastrados no Sistema Nacional de Defesa Civil e, hoje, já são 2 mil. Nessas cidades, há pessoal treinado para prestar serviços à população em caso de cheias. Apenas 26 municípios estão mapeados pela Defesa Civil como áreas de risco. O número poderá chegar a 56 no início de 2012. Até 2014, estima-se que haverá mais 251 municípios nessa condição, a maioria no Sul e Sudeste.
O ministro disse que, com a melhora das condições de atuação da Defesa Civil, o governo busca “inverter uma tendência que havia no país de só agir depois dos desastres acontecerem”. Em 2011, foram investidos R$ 271 milhões em ações de prevenção a desastres naturais e isso, segundo Bezerra, “dá uma sinalização clara de que vamos apostar fichas na prevenção, reforçando a capacidade de resposta do Estado aos desastres naturais”.
Ele ressaltou ainda a importância da integração de estados e municípios com o governo federal, para maximizar a abrangência das ações. Hoje, a Defesa Civil homenageou governadores, ministros, gestores públicos, jornalistas e representantes da sociedade civil que contribuíram para salvar vidas em cidades assoladas pelas cheias este ano.
Edição: Lana Cristina
