Banco Central Europeu volta a cortar os juros na zona do euro

08/12/2011 - 15h27

Da BBC Brasil

Brasília - O Banco Central Europeu cortou em 0,25 ponto percentual - de 1,25% ao ano para 1% ao ano - a taxa de juros dos países da zona do euro pela segunda vez em cinco semanas. A medida, que volta a colocar a taxa de juros europeia no seu mais baixo nível histórico, foi tomada como uma precaução para evitar que a recessão volte a se alastrar pelas economias do euro.

A autoridade monetária manteve em 1,6% a sua previsão de crescimento neste ano para os países que utilizam a moeda comum, mas reviu para baixo - de 1,3% para 0,3% - sua previsão para 2012, devido à incerteza causada pelos efeitos da crise econômica internacional.

Reunidos em Marselha, no Sul da França, líderes de vários países da Europa discutem mudanças no acordo da União Europeia. O objetivo é buscar a ampliação da união fiscal na zona do euro – composta por 17 países. O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, pediu aos líderes que façam tudo o que for possível para salvar a moeda comum.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, alertou que o "risco de desintegração nunca foi tão grande" para a Europa. Em discurso, durante uma reunião de líderes europeus de partidos de centro-direita, Sarkozy disse que "nunca a Europa foi tão necessária".

"Nunca tantos países quiseram se juntar à Europa. Nunca o risco de desintegração da Europa foi tão grande. A Europa está enfrentando uma situação extraordinariamente perigosa", disse o presidente da França, lembrando que as economias da zona do euro ainda têm algumas semanas para tomar uma decisão em relação à crise econômica que atravessam.

"O diagnóstico é que temos poucas semanas para decidir, pois o tempo está contra nós. Se não chegarmos a um acordo, temo que não conseguiremos fechar acordo para mais nada. Esta é a análise", disse Sarkozy.

Presente na reunião em Marselha, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse que são necessárias mudanças na Constituição do bloco europeu. Segundo Merkel, todos os 27 países-membros da União Europeia precisam trabalhar juntos para superar a crise na zona do euro.