Em tratamento contra o câncer, Chávez comandará três cúpulas de chefes de Estado e de Governo

28/11/2011 - 6h50

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Venezuela vai sediar, de 2 a 4 de dezembro, três cúpulas reunindo chefes de Estado e de Governo da região. Em tratamento para a cura de um câncer, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse que o país “está  pronto” para as três cúpulas - da PetroCaribe e da União de Nações da América do Sul, além da Comunidade da América Latina e Caribe.

"Preparei-me para o grande momento que estou vivendo: ser anfitrião não de uma, mas de três cimeiras", disse Chávez. Na Cúpula Presidencial da Comunidade da América Latina e Caribe (Celac), a presidenta Dilma Rousseff comparecerá e terá uma reunião trilateral com os presidentes da Venezuela e da Argentina, Cristina Kirchner.
 
Inicialmente, a Cúpula Presidencial da Comunidade da América Latina e Caribe (Celac) estava marcada para 5 e 6 de julho, mas foi adiada devido ao estado de saúde de Chávez. Desde maio, ele se submete a um tratamento médico para a cura de um câncer. Nas entrevistas que concede, o presidente venezuelano reitera sua recuperação.

Chávez perdeu mais de 20 quilos e está sem cabelo, evita acumular eventos públicos, mas não abriu mão de governar a Venezuela. Ontem (27), ele participou de várias solenidades, concedeu entrevistas e cumprimentou populares.

A expectativa, segundo diplomatas que acompanham as negociações, é que as questões relativas à crise econômica internacional, ao desenvolvimento sustentável e à inclusão social predominem nos debates. A Celac é formada por 33 países da região. O bloco foi criado em fevereiro de 2010, com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de parcerias regionais.

Na Venezuela, as autoridades preparam um sistema de tecnologia para a transmissão das informações sobre as discussões e debates ocorridos ao longo dos dois dias da cúpula. Para o governo venezuelano, as reuniões vão consolidar o projeto comum de integração com solidariedade, cooperação e coordenação política.

*Com informações das agências públicas de notícias da Venezuela, AVN, e de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto