Farc mata quatro militares que eram mantidos como reféns há mais de 12 anos

27/11/2011 - 10h29

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Integrantes das Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc) mataram no sábado (26) quatro reféns que estavam em poder da guerrilha, com tiros na cabeça, sendo que um deles foi atingido nas costas. O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, prometeu endurecer no combate às Farc e lamentou as mortes.

"Assassinato a sangue frio de pessoas sequestradas há mais de 12 anos não tem explicação. Talvez seja a coisa mais cruel que temos visto. Por isso temos de condenar e sentenciar com veemência os responsáveis”, disse o presidente.

As autoridades do país informaram ainda que as vítimas eram militares e que as execuções ocorreram durante uma operação de resgate. As vítimas foram mortas na região de Curillo, no departamento de Caquetá.

Os assassinatos ocorreram três semanas depois da morte do líder das Farc, Alfonso Cano. Cano foi substituído por Timoleón Jiménez, conhecido como Timochenko. Em sua primeira mensagem como novo líder das Farc ele afirmou que "todos terão de morrer" para que se dê a guerrilha como vencida.

O ministro da Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón, disse que os corpos foram encontrados sábado (26) pela manhã na selva. Ele não revelou os nomes dos reféns mortos. Mas informações não confirmadas oficialmente indicam que os corpos são dos policiais Elkin Rivas e Edgar Duarte, ambos sequestrados em 1998, e Alvaro Moreno, capturado em 1999, além do sargento do Exército José Martinez, que estava sob poder das Farc desde 1997.

A estimativa é que as Farc mantenham em seu poder mais de 8 mil reféns. São homens, mulheres e há suspeitas de adolescentes e crianças, além de muitos militares. Um dos casos emblemáticos foi o sequestro de Ingrid Betancourt, ex-senadora e ex-candidata à Presidência da Colômbia, resgatada em 2008.

*Com informações da Presidência da República da Colômbia e da BBC Brasil.

Edição: Fernando Fraga