Na Síria, 29 são assassinados depois de o país ser alvo de cobranças das Nações Unidas

23/11/2011 - 6h51

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Pelo menos 29 pessoas, incluindo crianças, foram mortas na Síria, segundo entidades civis. Manifestantes contrários ao governo do presidente Bashar Al Assad enfrentaram as forças policiais, que reagiram usando violência. Nessa terça-feira, a Síria foi alvo de uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), cobrando o fim da violência e repressão.

As informações não puderam ser confirmadas por fontes independentes devido às restrições impostas aos jornalistas pelas autoridades do país. A Liga Árabe analisa a possibilidade de aprovar medidas de limitações econômicas à Síria como forma de pressão a Assad.

O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Al Arabi, conversou ontem com representantes da oposição a Assad para analisar os acontecimentos. As Nações Unidas estimam que cerca de 3,7 mil pessoas morreram no país desde o início dos protestos em março deste ano.
 
Ontem (22), o Brasil e mais 120 países votaram a favor da resolução contra a Síria, na 3ª Comissão das Nações Unidas. Houve ainda 13 votos contrários e 41 abstenções – das delegações da China, Rússia e África do Sul.

A iniciativa condena os crimes caracterizados por execuções e detenções arbitrárias, uso excessivo de força, perseguição, desaparecimentos e maus-tratos, além de todas as ações que indiquem violações de direitos humanos.

Nas Nações Unidas, o peso da resolução é de advertência e tem caráter vinculativo. Na prática, é um dos principais instrumentos diplomáticos de pressão. Uma vez aprovado em uma das instâncias do organismo, outros tendem a seguir a resolução. Há três meses, os termos do texto são negociados na comunidade internacional e só agora houve um acordo mais amplo.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa//Edição: Graça Adjuto