Para ministro, críticas a Belo Monte são motivadas por “inveja" e "má-fé”

21/11/2011 - 10h53

Vinicius Konchinski*
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse hoje (21) que as críticas à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte são motivadas por “inveja” e “má-fé”. Segundo ele, pessoas e organizações contrárias à usina estão mal informadas.

"O que se diz que é um grave problema não existe. Eu chego a pensar que aqueles que se manifestam no exterior contra nós o fazem por inveja, além da má fé”, disse Lobão, durante a abertura de um evento sobre energia, em São Paulo.

O ministro declarou que Belo Monte será um exemplo para o mundo. O potencial de geração de energia da usina será enorme e os impactos socioambientais serão todos reparados.

De acordo com ele, o governo federal e o consórcio responsável pela construção da usina têm se esforçado para repassar informações sobre a sustentabilidade da obra. Entretanto, Lobão destacou que as críticas mal informadas acabam recebendo mais atenção do que os fatos.

A construção de Belo Monte é alvo de críticas de ambientalistas e de organizações indígenas e ribeirinhas da região do Xingu. O projeto chegou a ser contestado na Organização dos Estados Americanos (OEA). Uma das principais críticas ao projeto é a falta de consulta aos povos indígenas que serão afetados pelo empreendimento. Na Justiça, Belo Monte é alvo de 14 ações que ainda aguardam julgamento de mérito.

Maior empreendimento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Belo Monte deverá ser a terceira maior hidrelétrica do mundo, com potência instalada de 12 mil megawatts (12MW), e geração média de 4 mil MW. A construção da usina alagará uma área de 516 quilômetros quadrados.

 

* Colaborou Luana Lourenço   //    Edição: Lílian Beraldo