Acordo prorroga até junho de 2012 permanência das Forças Armadas no Alemão e na Penha

24/10/2011 - 13h36

Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Os militares das Forças Armadas que integram a Força de Pacificação nos complexos do Alemão e da Penha, zona norte do Rio de Janeiro, vão continuar nas comunidades até junho de 2012. A prorrogação da permanência dos 1,6 mil militares, que deveriam deixar o local até o final do mês, foi autorizada hoje (24), com a assinatura de um acordo pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e pelo ministro da Defesa, Celso Amorim, na base da Força de Pacificação, em Bonsucesso, zona norte da capital fluminense.

Segundo Cabral, com a permanência da tropa por mais tempo, será possível preparar as polícias Militar e Civil para assumir o comando de unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) e dar sequência a outras ações de segurança previstas para o estado. “Significa que vamos poder instalar a UPP da Mangueira ainda em novembro, significa que vamos poder, ainda este ano, agir em outras comunidades, formar novos quadros e dar prosseguimento à nossa política de paz e, só em junho do ano que vem, assumir o Complexo da Penha e do Alemão”, disse o governador. “Isso vai nos dar fôlego, [permitirá] antecipar o calendário, e quem ganha com isso é a população”, destacou.

Além dos 1,6 mil militares das Forças Armadas, a Força de Pacificação conta hoje com 200 policiais militares e civis, distribuídos nas duas bases do Alemão e da Penha. A previsão é que, a partir de março do ano que vem, oito UPPs sejam instaladas nesses dois complexos de comunidades da zona norte. De acordo com o governo do estado, mais de 2 mil policiais serão treinados para atuar nessas bases, substituindo o efetivo das Forças Armadas.

Sem descartar a possibilidade de novas atuações do Exército no Rio, o ministro da Defesa, Celso Amorim, lembrou que a presença dos militares tem sempre um caráter provisório nos processos de pacificação. “Eu acredito que até lá [junho de 2012] as forças policiais estarão preparadas. Há todo um cronograma que começa a ser implementado em março e, aí, como é natural, a polícia tomará conta do dia a dia dessas comunidades”.

Edição: Juliana Andrade