Brasil, Índia e África do Sul cobram medidas eficientes da Europa no combate à crise econômica

18/10/2011 - 15h43

Luciana Lima e Renata Giraldi
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – O aprofundamento da crise econômica internacional foi um dos temas que predominou na reunião de cúpula do Ibas, grupo integrado pelo Brasil, a Índia e a África do Sul. Eles divulgaram documento hoje (18), em Pretória, capital administrativa da África do Sul, no qual expressaram preocupação com a deterioração contínua do cenário econômico mundial.

Na opinião dos líderes dos países do Ibas, a crise apresenta desafios específicos para as políticas econômicas dos países em desenvolvimento e com populações de baixa renda. Eles aproveitaram para cobrar providências mais eficientes da Europa. "Os líderes sublinharam a importância da implementação de um plano crível de políticas macroeconômica e financeira e de reformas estruturais, por parte dos países da zona do euro, como um passo necessário para evitar novos choques negativos para a economia mundial.”

Para o Ibas, é necessário que haja “medidas complementares de outras importantes economias desenvolvidas para impulsionar a recuperação das economias com problemas e para ajudar a economia global como um todo." Eles classificaram as medidas tomadas até agora como insuficientes. "As respostas de política interna e as reformas estruturais foram insuficientes para restaurar o crescimento em muitos países desenvolvidos e em desenvolvimento", destaca.

O documento aponta como uma das saídas para a solução dos problemas de países endividados medidas de ajuste fiscal. Os países do Ibas registraram no documento a necessiade de "aumentar a coordenação política entre as nações do G20, com vistas a evitar uma nova recessão e promover uma recuperação robusta".

Os líderes do Ibas acreditam que o Brasil, a Índia e África do Sul estão fazendo sua parte para promover o crescimento, contendo as pressões inflacionárias e garantindo a disciplina fiscal. No documento, eles recomendam que os países tenham compromisso com o acordo de Basileia 3, que rege a atividade financeira em todo mundo.

Edição: Lana Cristina