Grã-Bretanha investiga denúncias de cumplicidade com torturas no governo Khadafi

05/09/2011 - 14h15

Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O governo da Grã-Bretanha começou a investigar se autoridades britânicas foram cúmplices da tortura de suspeitos de terrorismo durante o regime do presidente da Líbia,  Muammar Khadafi. O novo comandante militar de Trípoli (a capital líbia), Abdel Hakim Belhaj, exigiu hoje (5) um pedido de desculpas de britânicos e norte-americanos pela violência cometida por eles.

A exigência de Belhaj se deve à descoberta de documentos que revelam que os dois países foram cúmplices de agressões e torturas durante a gestão Khadafi – que ficou quase 42 anos no poder. “O que me fizeram foi ilegal e merece um pedido de desculpas”, disse Belhaj.

Na Grã-Bretanha, o inquérito vai investigar ligações entre serviços de inteligência britânicas e agentes de segurança de Khadafi. A investigação se dedicará a analisar os documentos encontrados recentemente em Trípoli pela organização não governamental Human Rights Watch.

Os documentos indicam que houve colaboração da Grã-Bretanha na captura e transferência de Belhaj e da mulher dele, acusados de terrorismo, para a Líbia. Belhaj contou ter sido torturado e preso injustamente.

*Com informações da BBC Brasil//Edição: Graça Adjuto