Bovespa se mantém em queda no início da tarde, mas com recuo menor

18/08/2011 - 15h09


Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - O Ibovespa, principal índice de ações do mercado brasileiro, registrava hoje (18) queda de 3,98%, às 13h23 com 52.878 pontos. Minutos antes, às 13h15, o recuo era um pouco mais acentuado, de 4,04%, com 52.845 pontos. No mesmo horário, o dólar norte-americano estava cotado em R$ 1,61 com valorização de 1,6%.

O economista, Clodoir Vieira, especialista em bolsa, acredita que o mercado de ações deverá permanecer em baixa hoje (18) em razão da falta de notícias animadoras sobre a economia mundial. “Não há até o momento nenhuma informação que possa reverter esse comportamento dos investidores”, disse ele, no final da manhã.

De acordo com o economista, a baixa dos negócios reflete, principalmente, o temor de um desaquecimento mais acentuado na economia mundial originado da crise de endividamento de alguns países europeus. Além disso, ele observou que os Estados Unidos não têm apontado indicadores sólidos de uma recuperação da economia.

No início do dia, o banco de investimentos norte-americano Morgan Stanley anunciou a revisão na projeção de crescimento da economia mundial, estimando uma expansão para este ano de 3,9% ante 4,2%. Para 2012, o índice foi rebaixado de 4,5% para 3,8%.

Já que no refere ao ambiente doméstico, as decisões dos investidores estão levando em conta também a retração de 0,26% no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), anunciada ontem (17).

Para o economista Haroldo Silva, do Centro Universitário Ítalo-Brasileiro, quem estiver pensando em entrar no mercado deve esperar um pouco mais.

Na avaliação dele, apesar do esforço do presidente francês, Nicolas Sarkozy, e da chanceler alemã, Angela Merkel, para contornar a crise econômica na zona euro, dificilmente eles vão conseguir um consenso entre os parlamentares no sentido de que sejam injetados recursos pelos países com melhor solidez financeira em parceiros do bloco que enfrentam problemas como a Grécia, a Irlanda e a Itália.

Edição: Juliana Andrade