Plano Brasil Maior é bem-vindo, mas insuficiente, e deveria se estender ao varejo e serviços, defende Fecomercio

02/08/2011 - 16h32

Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – O Plano Brasil Maior, que foi anunciado hoje (02) pelo governo federal, deveria ser permanente e direcionado a todas as atividades econômicas, disse o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), de Abram Szajman.

“É tão bem-vindo que deveria ser permanente e extensivo a todas as atividades econômicas. Afinal, simplificar, desonerar, proteger o mercado interno e dar capacidade competitiva e aumento de produtividade deve ser foco permanente e amplo do governo.”

Para a federação, a classe industrial, que está sendo beneficiada com o plano, deveria estender essas vantagens também ao comércio e ao consumo. A Fecomercio também espera que o financiamento para as micro, pequenas e médias empresas, com taxas de juros menores, pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES), seja também liberado para os prestadores de serviços com capacidade de exportação. Para a federação, outra medida que deveria ser estendida aos mercados varejista e de prestação de serviços é a desoneração sobre a folha de pagamento.

De acordo com a entidade, o Plano Brasil Maior é uma estratégia para “corrigir pontualmente os efeitos, pela incapacidade de se atacar diretamente as raízes do problema”. O desequilíbrio cambial, que “provoca distorções intensas sobre a pauta de exportações”, os gastos do governo e as elevadas taxas de juros, “que minam a capacidade do governo de investir, de gerar renda e emprego”, são o problema, diz a Fecomercio.

“Enquanto os juros cobrados no Brasil se mantiverem no topo do mundo, a taxa de câmbio vai continuar distorcendo nossa real capacidade competitiva. Infelizmente, não serão medidas paliativas e pontuais que irão conseguir resolver essas distorções. Mas elas são bem-vindas, como todas as ações que venham a representar mais agilidade, simplificação, liberdade de operação e menores custos tributários e burocráticos para as empresas nacionais”, conclui a nota da Fecomercio.

Edição: Nádia Franco