Deborah Guerner é repreendida ao tentar tumultuar início de julgamento no TRF

21/07/2011 - 11h32

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A corte especial do Tribunal Regional Federal da 1ª Região decide hoje (21), a portas abertas, se o ex-procurador-geral de Justiça do Distrito Federal Leonardo Bandarra e a promotora Deborah Guerner vão responder criminalmente por envolvimento no esquema de corrupção que ficou conhecido como mensalão do DEM. Os dois são acusados de extorsão, quebra de sigilo funcional e formação de quadrilha.

No início da sessão, os desembargadores decidiram abrir o julgamento à imprensa, ao contrário do anterior, em outubro. Na ocasião, o TRF rejeitou recurso em que Deborah Guerner alegava insanidade mental.

Durante a discussão sobre a abertura da sessão de hoje, ela tentou interferir e gritou aos desembargadores: “O Arruda [ex-governador do DF José Roberto Arruda] não foi denunciado, nem o Paulo Octávio [ex-vice-governador do DF] nem ninguém!”. O presidente do tribunal, Olindo Menezes, a repreendeu: “Se a senhora falar mais uma vez vou retirá-la daqui. A senhora não é obrigada a estar presente, mas, se tumultuar mais uma vez, vai ser retirada”. A partir daí, Deborah sentou-se, calada, ao lado do espaço onde ficam os jornalistas.

Os desembargadores julgam agora a denúncia de extorsão. Deborah e Bandarra teriam exigido R$ 2 milhões do então governador José Roberto Arruda para não divulgar vídeos em que ele aparecia recebendo dinheiro do ex-secretário de Relações Institucionais do DF Durval Barbosa, delator do esquema.

As acusações de quebra de sigilo funcional e de formação de quadrilha serão julgadas à tarde.

Edição: Talita Cavalcante