Campanha de conscientização contra soltura de balões no Rio tem como alvo o adolescente

24/06/2011 - 20h34

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Os balões que nesta época do ano aparecem em maior número nos céus das cidades fluminenses, colocando em risco o tráfego aéreo e causando vários tipos de incêndios, são motivo de preocupação das autoridades da Secretaria Estadual de Ambiente do Rio de Janeiro.

Este ano a campanha tem como alvo o adolescente e será feita em duas frentes: educação e fiscalização. De acordo com a secretaria, serão promovidas palestras e oficinas de educação ambiental nas escolas da rede pública de ensino estadual e municipal, além de colégios particulares e empresas, para criar uma conscientização sobre os malefícios provocados pelos balões.

A campanha contra a soltura de balões também será reforçada com a parceria do Batalhão de Polícia Florestal e Meio Ambiente da Polícia Militar e da Coordenadoria Integrada de Combate a Crimes Ambientais (Cicca) e como principal objetivo mudar esse tipo de tradição, considerada uma atividade criminosa.

O secretário estadual de Ambiente, Carlos Minc, disse que os balões, considerados tradição nas festas juninas, são na realidade grandes destruidores de Mata Atlântica e outras áreas de preservação, podendo também afetar áreas residenciais e, inclusive, ferir a população.

De acordo com dados do Batalhão de Polícia Florestal e Meio Ambiente da Polícia Militar, a região metropolitana do Rio de Janeiro concentra o maior volume de ocorrências que, ao contrário do que muitos pensam, são registradas durante todo o ano, e não apenas nos meses de junho e julho. No ano passado, cerca de 50 pessoas foram presas e apreendidos 200 balões. Somente no primeiro quadrimestre de 2011, as prisões foram 22 e foram apreendidos 90 balões.

A atividade é considerada crime, passível de pena de dois a quatro anos de prisão, além de multa. Comete o mesmo delito quem fabrica, transporta ou vende balões. A população pode denunciar a soltura de balões à Secretaria de Ambiente pelo telefone (21) 2253-1177.

 

Edição: Aécio Amado