Cbic acredita que ampliação de programa habitacional para 2,6 milhões de moradias é possível

16/06/2011 - 17h00

Yara Aquino, Daniel Lima e Kelly Oliveira
Repórteres da Agência Brasil

Brasília – Após participar, hoje (16), do lançamento da segunda fase do Programa Minha, Minha Vida, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady, disse que considera garantida a proposta da presidenta Dilma Rousseff de financiar a construção de 600 mil moradias além das 2 milhões previstas pelo programa até 2014.

“Já considero ganhas essas 600 mil casas. O grande desafio que vamos ter agora é acelerar a apresentação de projetos e a contratação [de operações de financiamento] de novas unidades”, disse Safady. A meta da segunda fase do programa é contratar 2 milhões de moradias para famílias de baixa e média renda até 2014, mas a presidenta Dilma propôs fazer uma revisão da meta daqui a um ano e incluir essas 600 mil unidades.

O presidente da Cbic apontou a falta de mão de obra e de terreno urbanizado como os principais desafios a serem enfrentados para o bom andamento da segunda etapa do programa. Segundo ele, para solucionar a carência de mão de obra, o setor empresarial tem investido na capacitação e na inovação tecnológica.

Em relação aos terrenos, o assunto vem sendo discutido em conjunto com os governos. “Há muitos anos não se tem uma política no Brasil voltada para loteamentos. Estou falando de agilidade, de processos mais racionais, de financiamento à comercialização de lotes. Tem um grupo de trabalho discutindo exclusivamente a questão da terra urbanizada. Precisamos ter terra em condições de receber o projeto e com bons preços”, disse.

A maior parte das moradias previstas no programa será destinada aos que têm renda familiar mensal até R$ 1,6 mil, nas áreas urbanas, e R$ 15 mil anuais na área rural.

Edição: Lana Cristina