Polícia Civil adota medidas para agilizar investigações e dar apoio às famílias das vítimas de tragédia no Rio

07/04/2011 - 15h37

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A chefe da Polícia Civil no Rio de Janeiro, Marta Rocha, informou hoje (7) que uma série de medidas serão tomadas para ajudar nas investigações e dar apoio às famílias das vítimas da tragédia na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio.

Ela citou o reforço na equipe do Instituto Médico Legal (IML), o deslocamento de duas assistentes sociais para atender às famílias das vítimas, além do aumento da equipe de plantão no necrotério e no setor de identificação para “minimizar qualquer tipo de sofrimento das famílias”, declarou.

A Divisão de Homícidios está investigando o ocorrido na escola. Até o momento, já foi confirmado que o atirador usou dois revólveres (calibre 38 e 32) e efetuou disparos em dois andares. Ele só parou ao ser atingido por um tiro no abdômen, na subida para o terceiro andar. O tiro foi disparado por um sargento da Polícia Militar que estava nas proximidades e foi alertado por grupo de crianças feridas.

Depois de atingido, o atirador, identificado como Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, se suicidou com um tiro na cabeça. Ele deixou uma carta que está sendo analisada pela Polícia Civil junto com outros elementos do crime, segundo a chefe de polícia, Marta Rocha.

“Sabemos que ele chegou à escola, que foi reconhecido por uma ex-professora, disse que ia dar uma palestra, conversou com essa professora, se trancou numa sala, efetuou os primeiros disparos e depois se dirigiu a outras salas. Daqui para a frente, estamos investigando”, afirmou.

Durante entrevista à imprensa, no pátio da escola em Realengo, o coordenador da Secretaria de Segurança, Roberto Sá, acrescentou que o autor dos tiros não tinha antecedentes criminais, mas que o comportamento do atirador na chacina indica sinais de doença mental.

“O perfil desse fato criminosos se afasta completamente do comportamento usual de bandidos e marginais. Consideramos, até o momento, que essa pessoa tem alguma debilidade mental, deve ser um psicopata, imprevisível, incontrolável” , disse Sá.

O sargento Márcio Alexandre Alves, de 38 anos, que atingiu o atirador foi chamado de “herói” pelo governador Sérgio Cabral.

 

Edição: Lílian Beraldo