Governo do Rio e Instituto Oswaldo Cruz promovem ação de combate à dengue em comunidades

26/03/2011 - 16h23

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O Instituto Oswaldo Cruz e a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro e lançaram, na manhã de hoje (26), nas comunidades Chapéu Mangueira e Babilônia, zona sul da cidade, a ação “10 Minutos Contra a Dengue”. O objetivo é estimular a população a usar dez minutos por semana para eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti.

Como parte da mobilização, 150 bombeiros visitam, durante o dia, imóveis da região em busca de focos do mosquito transmissor da doença. Também foram distribuídos aos moradores panfletos com uma lista de pontos no ambiente doméstico que devem ser verificados frequentemente. Entre eles, caixas d’água, bandejas de ar-condicionado, vasos e pratos de planta e calhas.

De acordo com Tânia Araújo, diretora do instituto, se a população aderisse em peso à ação, eliminando criadouros do vetor, seria possível num prazo de duas semanas controlar os índices de infestação na cidade.

“É preciso conscientizar a população sobre o seu papel. Se cada um gastar dez minutos de uma semana, que tem 10 mil minutos, para verificar os principais pontos de criação do mosquito, em duas semanas a gente conseguiria controlar a infestação”.

A subsecretária de Vigilância em Saúde da secretaria estadual de Saúde, Hellen Miyamoto, descartou, apesar dos números crescentes de notificações, um surto de dengue no estado. Segundo ela, os 26.258 casos, conforme com o último balanço divulgado na quarta-feira (23), representam um patamar “distante do limite máximo da curva, considerando os números dos anos anteriores, que seria de aproximadamente 100 mil casos”.

Ela destacou, ainda, que a secretaria de Saúde treinou mais de mil profissionais da área para evitar diagnósticos confusos ou errados em casos de dengue, mas admitiu que quando começam a surgir os primeiros casos o sistema fica menos sensível.

“A nossa orientação à classe médica é que todo sinal de sintoma da virose seja tratado como dengue até que os exames descartem o diagnóstico”, acrescentou.

A empregada doméstica Lucimar Lobato, moradora da comunidade do Chapéu Mangueira, aprovou a iniciativa da secretaria estadual de saúde, mas reclamou que existem muitos focos de mosquito na comunidade, principalmente em terrenos vazios, em meio ao matagal. Ela teve dengue no verão do ano passado e desde então passou a mobilizar os vizinhos para combater os criadouros do Aedes aegypti.

“Como eu conheço todo mundo aqui, aproveito para falar com todo mundo que posso, para ter cuidado, não deixar água vazando, parada, ver a caixa d’água. Com dengue não se brinca. É horrível, eu quase morri com tanta dor do corpo e de cabeça”, afirmou.

 

Edição: Rivadavia Severo