Khadafi não é alvo, segundo países da coalização

21/03/2011 - 16h33

DA BBC Brasil

Brasília - Representantes dos países que integram a coalizão militar que há três dias faz ataques aéreos à Líbia informaram hoje (21) que o alvo da ofensiva não é o presidente Muammar Khadafi. Estados Unidos, França, Grã-Bretanha comandam a ofensiva com o objetivo de impor uma zona de exclusão aérea na Líbia para proteger civis opositores de bombardeios do governo.

Ontem (20), um ataque dos aliados com míssil destruiu um edifício onde funcionava o comando de Khadafi em Trípoli, a capital do país. O secretário de Defesa britânico, Liam Fox, disse que atacar o líder líbio era ''potencialmente uma possibilidade''.

O porta-voz do Ministério da Defesa francês, Laurent Tesseire, reforçou a afirmação. Segundo ele, os ataques visam a proteger civis e Khadafi não é um alvo. O objetivo da ação militar, acrescentou, não é a troca do regime líbio.

Os Estados Unidos, que lideram a coalizão, informaram ontem que a ofensiva militar na Líbia fez progressos significativos, e que a coalizão deve ampliar o alcance dos ataques.

Segundo os norte-americanos, os ataques atingem locais de armazenamento de mísseis de longo alcance, instalações de radar, campos de aviação militares e forças terrestres do governo nos arredores da cidade de Benghazi, controlada pelos rebeldes.

Khadafi convocou para hoje uma “marcha pacífica” de seus apoiadores em Benghazi, pedindo que civis “desarmados” e parlamentares levem galhos de oliveira nas mãos. Paralelamente, a União Europeia (UE) anunciou hoje a ampliação das sanções à Líbia, aumentando a lista de pessoas e entidades banidos de relações comerciais com o bloco.

A ministra de Relações Exteriores da UE, Catherine Ashton, disse que o bloco quer impor “sanções econômicas alinhadas com a resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas, determinando a ação militar na Líbia em nome da proteção dos civis ameaçados.