Honduras nega intenção de fechar embaixadas em países da América do Sul

17/03/2011 - 11h41

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Basília – O presidente de Honduras, Porfirio Pepe Lobo, reiterou, por meio de nota oficial, que pretende restabelecer o diálogo com todos os governos que romperam relações diplomáticas com o seu país, depois da saída do então presidente hondurenho Manuel Zelaya, em 28 setembro de 2009. O país permanece suspenso da Organização dos Estados Americanos (OEA) desde a ação que motivou a retirada de Zelaya do governo.

A reação de Lobo foi um desmentido a um anúncio do ministro das Relações Exteriores de Honduras, Mario Canahuati, de que o governo estudava fechar suas missões diplomáticas em vários países sul-americanos. As informações são da Presidência da República de Honduras.

Em comunicado, publicado ontem (16) no site oficial do governo de Honduras, Lobo ratifica a intenção de buscar o diálogo na América Latina, o que o inclui o Brasil, a Argentina, a Venezuela, o Equador e a Bolívia. Esses países não reconhecem o governo do presidente Porfirio Pepe Lobo.

Em 2009, o Brasil rompeu relações diplomáticas com Honduras por acreditar que houve um golpe de Estado para retirar Zelaya do poder. O ex-presidente hondurenho e vários seguidores ficaram abrigados na Embaixada do Brasil no país por cerca de três meses.

“A Presidência da República reitera sua vontade democrática do diálogo no quadro de respeito mútuo com todas as nações do cenário mundial a fim de fortalecer os laços de amizade e cooperação”, diz o comunicado do governo de Honduras.

Antes, na mesma nota oficial, o governo ratificou: “Em momento algum o governo da República [de Honduras], liderado pelo presidente Porfirio Lobo Sosa, ordenou o encerramento de embaixadas em países da América do Sul, onde anteriormente havia representantes diplomáticos de Honduras”.

Na América do Sul, atualmente o país conta com o reconhecimento dos governos do Chile, da Colômbia e do Peru. Representantes das demais nações defendem a manutenção da decisão de não reintegrar o país à OEA.

Edição: Juliana Andrade