Serra diz que vida política continua depois da derrota à Presidência

31/10/2010 - 23h54

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Em seu discurso de encerramento de campanha, o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, ressaltou que, apesar de derrotado nas urnas, continuará atuando na política. “Para os que nos imaginam derrotados eu quero dizer que nós apenas estamos começando uma luta de verdade. Nós vamos dar a nossa contribuição ao país, em defesa da pátria, da liberdade e da democracia”, disse, na presença de aliados, da mulher e da filha, Mônica e Verônica Serra.

“Minha mensagem de despedida não é um adeus, mas um até logo”, completou com os olhos marejados. Serra cumprimentou a candidata eleita, Dilma Rousseff (PT) e disse esperar que ela “faça bem para o nosso país”. O candidato afirmou que não nutre sentimentos ruins, mas expectativas positivas em relação ao futuro do Brasil. “Eu vim aqui não para falar da frustração, mas da esperança”.

O tucano dedicou grande parte de seu pronunciamento aos agradecimentos à militância e a eleitores que possibilitaram com que ele conquistasse 43,7 milhões de votos. Desses apoiadores, Serra disse ter retirado a energia para participar da disputa, em especial dos jovens. “Vocês não imaginam quanta energia eu tirei daí”. Força que o candidato disse ainda ter, mesmo com a derrota de hoje (31). “Eu chego nessa etapa final com a mesma energia que eu tive nos últimos meses”.

De Serra, receberam agradecimentos especiais o governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, e o senador paulista eleito pelo partido, Aloysio Nunes. Sobre Alckmin, ele disse: “Se empenhou na minha eleição mais do que se empenhou na sua”.

Ele também atribuiu à militância a capacidade de resistir às piores dificuldades da disputa eleitoral. “Nesses meses duríssimos, quando enfrentamos coisas terríveis, vocês construíram uma fortaleza”. Serra encerrou o discurso recitando a última estrofe do Hino Nacional:

Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta.
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Os militantes o acompanharam em coro e o aplaudiram ao final.

Edição: Lana Cristina