Rotulagem ambiental pode ser adotada por empresas brasileiras, diz secretária

04/12/2009 - 19h25

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - As empresas brasileiras têm condições de adotar a rotulagem ambiental - certificado de que a empresa tem um produto ou serviçosustentável -, defendeu hoje (4) a secretária de ArticulaçãoInstitucional e Cidadania do Ministério do Meio Ambiente,Samira Crespo, que participou de workshop para debater o assunto organizado pelos ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior.“Oseminário cumpre o papel de mostrar que não édifícil seguir esse roteiro [para adotar processos produtivos ambientalmente sustentáveis], há muitos processos decertificação e o custo adicional nãoé significativo porque o benefício é muitomaior”, disse Samira.Ela afirmou ainda que arotulagem cumpre dois papéis importantes: fazercom que todas as empresas tenham um programa de qualidade voltado para o meio ambiente e fazer com que o consumidortenha uma garantia de que aempresa faz um trabalho sério.Asecretária afirmou ainda que há váriascertificadoras importantes no Brasil e que os certificados são dados em funçãode três requisitos: conformidade ambiental, conformidade sociale conformidade em termos de ter uma comunicaçãoresponsável.Odiretor do departamento de Planejamento e Desenvolvimento do ComércioExterior da Secretaria de Comércio Exterior, FábioFaria, disse que é importante que as empresas conheçam essasregras.“Éimportante que as empresas saibam quais são essas regras e queelas não se tornem um entrave para o comércio, elas têmque ser regras possíveis de serem adotadas e venham a favor dacompetição”, afirmou.O presidente do GrupoSustentax, que dá às empresas o selo de rotulagem ambiental,Newton Figueiredo, disse que o custo de adaptação para tornar um produto ambientalmente sustentável vai depender da cultura da própria empresa. “O custo disso vaidepender de cada caso. Se é uma empresa na qual os produtosestão fazendo mal à saúde, sem qualidade, semresponsabilidade ambiental, social, vai custar caro. Agora, se éuma empresa que já faz tudo isso e precisa de alguns ajustes,não vai sair caro”, explicou.