Gabrielli: Petrobras não terá problema para financiar suas atividades nos próximos anos

08/06/2009 - 22h03

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Apesar da crise financeira internacional e da escassez de crédito nos mercados interno e externo, o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, afirmou hoje (8), em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que a empresa não terá problemas para financiar suas atividades nos próximos dois a cinco anos, mesmo que o preço do barril do petróleo no mercado externo se mantenha, na média, em torno de US$ 60.Gabrielli lembrou que o plano de negócios da estatal para o período 2009-2013 prevê investimentos de US$ 174,4 bilhões, principalmente nas atividades de exploração e de produção, com destaque para a área do pré-sal.O presidente da Petrobras informou que, de janeiro a maio deste ano, a empresa já captou os US$ 30 bilhões necessários para tocar seus projetos nos próximos dois anos. Ele informou que, de janeiro a maio deste ano, a empresa jácaptou os US$ 30 bilhões necessários para tocar seus projetos nospróximos dois anos. “Se o preço do petróleo, em 2009, ficar em US$ 37 obarril, em 2010, em US$ 40 e, de 2011 em diante, em US$ 45, precisaremos de US$ 30 bilhões em empréstimos para financiar os projetos previstos para os próximos dois anos", disse Gabrielli.  "Se o preço do barril, nesse período ficar, na média, em US$ 66, precisaremos dos mesmos US$ 30 bilhões para um período de cinco anos”, ressaltou.Ele lembrou que, que somente nos primeiros cinco meses do ano, a Petrobras já obteve empréstimos de US$ 30 bilhões – US$ 12,5 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento e Social (BNDES), US$ 10 bilhões do banco de desenvolvimento chinês, US$ 2 bilhões do Eximbank e US$ 6,5 bilhões de um pool de bancos que concedeu à estatal um empréstimo ponte por dois anos).“Portanto, já temos em caixa US$ 30 bilhões em captações somente nos primeiros cinco meses do ano. Então, se o preço do petróleo ficar na média dos US$ 66 o barril, estamos financiados pelos próximos cinco anos. Se ele ficar em apenas US$ 45 o barril, estamos financiados pelos próximos dois anos. Portanto, não há problemas de financiamento.”