Relator diz que oposição pode fazer novas exigências para votar orçamento

12/04/2006 - 21h24

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - "O governo cedeu novamente aos governadores nas reivindicações dos repasses da Lei Kandir, retirando R$ 500 milhões das verbas de custeio de todos os ministérios e mais R$ 1,3 bilhões com excesso de arrecadação. Dez minutos depois do acordo firmado, deputados e senadores do PFL e do PSDB passaram a fazer novas exigências", disse hoje (12) o relator da proposta de Orçamento Geral da União, deputado Carlito Merss (PT-SC).

Ele acrescentou que "pessoalmente não tenho nenhuma expectativa na votação de terça-feira", a data marcada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). E disse acreditar "que virão novas exigências do PFL e do PSDB impossíveis de serem atendidas".

Para o deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), líder da Minoria na Câmara, a votação do orçamento ainda não aconteceu porque o governo não quis. "O governo não teve vontade política de aprovar o orçamento. Acho que está na hora de votar. Se o governo tivesse trabalhado com afinco, como fez na última semana, já teria aprovado. Quando ele quer aprovar alguma matéria ele coloca a maioria e aprova. Não é a oposição que tem que aprovar. Nós temos é que discutir. O governo pode aprovar sem o apoio da oposição".

Aleluia disse que ainda existem algumas pendências para serem acertadas e que a oposição vai trabalhar para votar a proposta na semana que vem.