Patrus Ananias quer ampliar participação de municípios e estados no Fome Zero

02/09/2004 - 21h19

Juliana Cézar Nunes
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Patrus Ananias, defendeu nesta quinta-feira um aumento na participação dos municípios e estados no programa Fome Zero. Atualmente, 7 estados e 11 prefeituras são parceiros do governo federal no Bolsa Família, a principal linha de ação do Fome Zero.

O Bolsa Família integrou os programas de transferência de renda e aumentou o valor médio dos benefícios de R$ 28, em 2003, para R$ 74, em 2004. Estão em andamento convênios com outros quatro estados e três cidades interessados em unificar os registros das famílias em situação de risco alimentar e social.

"Com as eleições, a assinatura de algumas parcerias terá de ser adiada. O poder judiciário não permitiu que os convênios acontecessem no período eleitoral", lamentou Ananias, em entrevista coletiva, logo após uma reunião interministerial convocada para instaurar o Grupo de Trabalho Fome Zero.

O grupo tem como desafio aumentar a integração entre os diversos ministérios e secretarias que trabalham pela erradicação da fome e da desnutrição. A leitura de pronunciamentos do presidente Lula sobre a importância do combate à fome marcou o início da reunião, que durou cerca de três horas.

"O ministério do Desenvolvimento Social, além de ser novo, é muito enxuto. Contamos com 600 funcionários, todos em Brasília", revelou o ministro, responsável pela pasta que agregou os ministérios de segurança alimentar e assistência social, além da secretaria que cuida do programa Bolsa Família. "Em janeiro, recebemos o desafio de trocar o pneu do carro com ele andando. A interação com os governos e projetos que estão mais próximos da população é fundamental."

Segundo Ananias, faz parte das prioridades do governo federal construir, até o final do ano, cerca de 40 restaurantes populares em parceria com os governos locais. Até agora, três unidades foram erguidas. Duas em Belo Horizonte e, uma, em Palmas. "Enviamos cartas com propostas para todos os municípios com mais de 100 mil habitantes. Temos 27 convênios prontos. Como iniciamos do zero, acaba sendo um processo demorado mesmo."