Chefe da Polícia do Rio manda apurar como presos deixaram celas para matar deputado

08/02/2003 - 18h15

Rio, 8/2/2003 (Agência Brasil - ABr) - O chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Álvaro Lins, divulgou, hoje à tarde, nota oficial informando que determinou a instauração de inquérito criminal pela corregedoria interna do órgão, na próxima segunda-feira (9), com o objetivo de saber como os envolvidos no assassinato do deputado federal Valdeci Paiva deixaram as delegacias onde estavam presos para cometer o crime.

Ele determinou também que a corregedoria abra, em caráter de emergência, um programa de fiscalização diária nas unidades prisionais sob responsabilidade da Polícia Civil.

A íntegra da nota é a seguinte:

"Por determinação do chefe de Polícia Civil, delegado Álvaro Lins, a Corregedoria Interna da Polícia Civil vai instaurar, nesta segunda-feira (10), um inquérito criminal e uma sindicância administrativa, para apurar as circunstâncias da saída de presos das carceragens, conforme denúncia feita por ocasião da prisão dos envolvidos no assassinato do deputado Federal Valdeci Paiva de Jesus, morto no dia 24 de janeiro.

O chefe da Polícia determinou ainda que o corregedor-geral de Polícia, delegado Jorge Abreu, elabore em caráter de emergência um programa de fiscalização diária nas unidades prisionais sob a responsabilidade da Polícia Civil. A medida tem por objetivo inspecionar, sem aviso prévio, as condições em que é realizada a custódia dos presos. A orientação do chefe de Polícia é para que sejam presos os servidores lotados nas carceragens onde porventura forem encontradas irregularidades. "Não vou tolerar qualquer desvio na vigilância de presos", advertiu Lins.

Ele destacou ainda sua intenção de encaminhar ao secretário Extraordinário da Secretaria de Assuntos Penitenciários, Astério Pereira dos Santos, uma proposta para que seja elaborada uma resolução conjunta entre a secretaria e a Polícia Civil, normatizando os critérios para a remoção de presos em todo o estado".