Governo não estuda política de resgate de distribuidoras em dificuldades financeiras

07/02/2003 - 21h03

Rio, 07/02/2003 (Agência Brasil - ABr) - A ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef, garantiu, nesta sexta-feira, que o governo federal não estuda e não pretende desenvolver nenhuma política de resgate de empresas do setor energético em dificuldades financeiras. Segundo Dilma Roussef - que participou da solenidade de posse do novo diretor-presidente de Furnas Centrais Elétricas, José Pedro Rodrigues de Oliveira – os problemas enfrentados por empresas como a americana AES e a francesa EDF são financeiros e como tal serão tratados.

"Não se pretende ter nenhuma política de resgate de ninguém que esteja em dificuldade. Não há também, em definido, qualquer estudo para socorrer financeiramente empresas em dificuldades. Se essas empresas acharrm que terão que sair do pais, elas sairão. Agora eu não vejo nada neste sentido, até porque seria algo meu insólito: ou vocês me ajudam ou eu saio do país".

Sobre a Eletropaulo, a ministra admitiu a possibilidade de o governo retomar o controle da distribuidora paulista, no caso da controladora, a empresa americana AES, deixar de quitar a divida junto ao BNDES.

"Existe, sim, a possibilidade de o governo querer resolver a questão da dívida da Eletropaulo e, neste caso, as garantias estarão em questão. Agora, a Eletropaulo será tratada como o que ela é: um caso financeiro. Não creio que qualquer empresa estrangeira venha a achar isto estranho, até porque eu gostaria que vocês recordassem como foi tratado o caso da Enron". (Nielmar de Oliveira)