Inquérito independente terá militar que investigou Al Qaeda

02/02/2003 - 19h31

Brasília, 2/2/2003 (Agência Brasil - ABr/CNN) - O almirante reformado Harold Gehman, que chefiou o inquérito sobre o atentado ao navio de guerra USS Cole no Iêmen, em outubro de 2000, foi escolhido para comandar uma investigação independente sobre a tragédia do ônibus espacial Columbia.

"Tão logo recebamos uma determinação da equipe de investigação do almirante Gehman sobre o que pode ter causado esse acidente – e nós não estamos fixando um prazo, mas deixaremos que os fatos e as provas falem por si mesmos – nós, então, decidiremos o que será necessário para corrigir tudo e reiniciar os vôos com segurança", disse o administrador da Nasa, Sean O'Keefe.

Gehman é um veterano de investigações difíceis, com implicações para a segurança nacional dos Estados Unidos.

O militar reformado co-presidiu uma comissão do Departamento da Defesa que elaborou recomendações de segurança após o atentado de 12 de outubro de 2000 ao USS Cole, no qual 17 marinheiros morreram e 39 ficaram feridos.

O atentado foi amplamente atribuído a seguidores da rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden, mas Gehman e o general reformado William Crouch, do Exército, evitaram apontar culpados.

Os dois oficiais descobriram falhas importantes na segurança e recomendaram melhorias nas áreas de treinamento e de coleta de informações visando a prevenir ataques similares.

O'Keefe disse que a comissão a ser chefiada por Gehman incluirá especialistas da Força Aérea, da Marinha, do Departamento dos Transportes e da Administração Federal da Aviação.

O administrador da Nasa disse que a hipótese de terrorismo parece ter sido descartada na tragédia do Columbia, que ocorreu em meio a uma possível guerra contra o Iraque, a uma crise nuclear na Coréia do Norte e à presença do primeiro astronauta israelense, Ilan Ramon, a bordo do ônibus espacial.

Mas a experiência de Gehman, acrescentou O'Keefe, garantirá que "nenhuma teoria seja deixada de lado nesse caso em particular".

As informações são da CNN.