Movimentos sociais programam protesto mundial contra a guerra em fevereiro

27/01/2003 - 22h15

Porto Alegre, 27/1/2003 (Agência Brasil - ABr) - Está sendo programado para o dia 15 de fevereiro um grande protesto de repúdio à guerra e a favor da paz. É o que planejam os movimentos sociais mundiais, que se reuniram em Assembléia durante o III Fórum Social Mundial em Porto Alegre. A vice-presidente de um movimento social que reúne mulheres na Índia, Suilata Swaminatathan, espera que as 30 maiores cidades do mundo participem da manifestação".

Além disso, os movimentos pretendem organizar outros protestos ao longo do ano. O primeiro será no encontro do G-8, em Evian, cidade francesa, em junho. Outro é na reunião da OMC (Organização Mundial do Comércio), que será realizada em setembro, em Cancun, no México. A formação da Área de Livre Comércio (Alca) também é combatida pelos movimentos sociais. "Vamos organizar uma manifestação durante o encontro ministerial da Alca em Miami, nos Estados Unidos em outubro", disse a indiana.

Durante o Fórum Social Mundial, representantes de movimentos sociais de todo o mundo se reuniram dois dias em assembléia. No encontro, com cerca de mil pessoas, foi elaborado um documento com as principais reivindicações. Logo no início eles se declaram: "somos movimentos sociais que estão lutando em todo o mundo contra a globalização neoliberal, a guerra, o racismo, as casas, a pobreza, o patriarcado e todas as formas de discriminação e exclusão econômica, étnica, social, política, cultural e sexual". O documento acrescenta ainda que os movimentos sociais lutam por justiça social e defendem a paz e a cooperação mundiais.

A intenção dos movimentos sociais, segundo Suilata, é montar uma rede mundial para articular as análises e compromissos das mobilizações. "O objetivo principal é melhorar o engajamento dos movimentos ao redor do mundo em um debate político mais profundo para facilitar a ação comum", afirmou. A indiana explicou que os representantes dos movimentos sociais lutam para a criação de um mundo onde os lucros não sejam mais importantes que as pessoas, "certamente queremos um mundo diferente onde as pessoas estejam à frente dos lucros", destacou