Presidente inaugura Alça Rodoviária do Pará

20/09/2002 - 21h36

Belém, 20 (Agência Brasil - ABr) - O presidente Fernando Henrique Cardoso inaugurou hoje, no município de Marituba, a Alça Rodoviária do Pará, investimento de R$ 246 milhões que interligará a região metropolitana de Belém ao leste do estado. A cerimônia, que contou com a presença do governador Almir Gabriel e dos ministros Paulo de Tarso Ribeiro (Justiça) e Luciano Barbosa (Integração Nacional), representou um marco na história do estado por concluir uma obra idealizada na década de 70.

Com quatro pontes de 4,5 Km de extensão e 70 Km de rodovias, a Alça Viária faz parte do Sistema de Integração do Pará (SIP) que prevê ainda a implantação de quatro hidrovias nos rios Guamá-Capim, Tocantins-Araguaia, Marajó, Tapaós-Teles e Pires-Jurena. Depois de concluída, a obra vai interligar todo o estado e facilitar o escoamento da produção brasileira pelo Norte do país. O complexo deve beneficiar 4 milhões de pessoas. A população do Pará é de 6,1 milhões de habitantes.

Fernando Henrique inaugurou a maior das quatro pontes. Localizada sobre o rio Guamá, a ponte estaiada (sustentada por cabos de aço) tem 1,9 km de extensão e dispõe do maior vão livre da América Latina. As demais pontes – sobre o rio Mojú e sobre o rio Acará - têm dimensão menor, mas vão dar, segundo o governo do estado, mais rapidez às viagens feitas pelo interior do Pará. Pelos cálculos do governo estadual, o trajeto de Belém a Marabá, por exemplo, que levava até 8 horas, será reduzido pois as travessias de balsas poderão ser substituídas

A Alça Viária termina no porto de Vila do Conde, no município de Barcarena. Com sua criação, a expectativa é de liberar a malha rodoviária estadual pois a produção poderá ser escoada pelos dois portos e não só mais pelo estaleiro de Belém como acontece atualmente. O governo ainda espera aumentar em 50% o nível da arrecadação do ICMS em comparação aos R$ 100 milhões registrados em 2001. O aumento na receita será conseqüente da instalação de empresas de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.