Brasília, 26/10/2002 (Agência Brasil - ABr) - Em 1950 Getúlio Vargas é reeleito com 3,8 milhões de votos, em especial da massa trabalhadora urbana que o denomina de "pai dos pobres". O brigadeiro Eduardo Gomes, bem cotado nas camadas médias, recebe 2,3 milhões de votos e o candidato Cristiano, apoiado pelo governo, apenas 1,6 e fica em terceiro lugar.

É que na reta final da campanha os caciques do partido do presidente Dutra, deixam-no por Vargas: é a cristianização, hoje sinônimo de traição eleitoral. Com o suicídio de Vargas, em 1954, assume o governo o vice, Café Filho, que honra o compromisso de Getúlio para a realização das eleições estaduais em outubro, e da presidencial no ano seguinte.

Juscelino Kubsticheck é eleito então com uma vitória apertada de 3 milhões de votos, em um universo de 15 milhões de eleitores. A população brasileira era, em 1955, 58 milhões de pessoas. Na eleição presidencial seguinte, Jânio Quadros recebe 44% dos votos dos 15 milhões de eleitores. A população cresceu desde a eleição de Juscelino, em 8 milhões de pessoas.

Após a renúncia de Jânio, o vice, Jango, que assumiu o posto, submete o eleitorado brasileiro, de 18 milhões de pessoas, a um plebiscito no qual o regime parlamentarista perde e o presidencialista é reestabelecido.
IDM