Relatório de Desenvolvimento Humano 2013 https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/156428/all pt-br Brasil, China e Índia responderão por 40% da produção mundial em 2050, estima Pnud https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-03-14/brasil-china-e-india-responderao-por-40-da-producao-mundial-em-2050-estima-pnud <p> Luciano Nascimento<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> Bras&iacute;lia &ndash; Os pa&iacute;ses do Sul, em especial Brasil, China e &Iacute;ndia ter&atilde;o papel cada vez mais central na economia mundial nos pr&oacute;ximos anos. Em 2050, os tr&ecirc;s ser&atilde;o respons&aacute;veis por 40% da produ&ccedil;&atilde;o global&nbsp;superando&nbsp;o&nbsp;montante conjunto gerado pelos pa&iacute;ses do G-7 (Estados Unidos, Jap&atilde;o, Canad&aacute;, Fran&ccedil;a, Alemanha, It&aacute;lia e Reino Unido). As proje&ccedil;&otilde;es&nbsp;est&atilde;o no <em>Relat&oacute;rio do Desenvolvimento Humano 2013</em>, lan&ccedil;ado hoje (14) pelo Programa das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).</p> <p> O documento tamb&eacute;m registra que&nbsp;as na&ccedil;&otilde;es&nbsp;do Sul est&atilde;o sustentando o crescimento econ&ocirc;mico mundial ao mesmo tempo em que&nbsp;reduzem a pobreza e acumulam riquezas em grande escala.</p> <p> De acordo com o estudo, a mudan&ccedil;a significa um reequil&iacute;brio no poder econ&ocirc;mico mundial. O relat&oacute;rio aponta que a economia brasileira,&nbsp;chinesa e&nbsp;indiana superar&aacute;, em 2020, o PIB (Produto Interno Bruto)&nbsp;combinado das pot&ecirc;ncias mais consolidadas do Norte: Estados Unidos, Canad&aacute;, Fran&ccedil;a, Alemanha, It&aacute;lia e Reino Unido. O relat&oacute;rio registra ainda que de 1980 a 2010 a participa&ccedil;&atilde;o dos tr&ecirc;s pa&iacute;ses&nbsp;no com&eacute;rcio mundial saltou de 25% para 47%, enquanto que&nbsp;a&nbsp;fatia na produ&ccedil;&atilde;o passou de 33% para 45%.</p> <p> Grande parte a expans&atilde;o&nbsp;foi impulsionada pelo incremento nas transa&ccedil;&otilde;es comerciais entre os pa&iacute;ses do sul,&nbsp;aponta o Pnud. Mas adverte que o desenvolvimento n&atilde;o est&aacute; ocorrendo de forma uniforme. O estudo diz que o avan&ccedil;o &eacute; mais lento &ldquo;na maioria dos 49 pa&iacute;ses menos desenvolvidos, especialmente nos pa&iacute;ses sem litoral ou distantes dos mercados mundiais.&rdquo;</p> <p> Alguns desses pa&iacute;ses est&atilde;o come&ccedil;ando a se beneficiar do com&eacute;rcio, do investimento e das transfer&ecirc;ncias de tecnol&oacute;gicas e financeiras Sul-Sul. &ldquo;O Sul disp&otilde;e tanto de conhecimento como de recursos para se tornar uma for&ccedil;a ainda mais poderosa no desenvolvimento global&quot;.</p> <p> O documento tamb&eacute;m ressalta que os pa&iacute;ses do chamado mundo em desenvolvimento sofrer&atilde;o se as economias dos Estados Unidos e da Europa n&atilde;o conseguirem superar a crise econ&ocirc;mica.</p> <p> Entre as recomenda&ccedil;&otilde;es para maior desenvolvimento humano entre os pa&iacute;ses do Sul, o relat&oacute;rio&nbsp;aponta a necessidade de mudan&ccedil;a nas institui&ccedil;&otilde;es globais para o enfrentamento dos desafios globais e&nbsp;sugere a cria&ccedil;&atilde;o de uma &ldquo;Comiss&atilde;o do Sul&rdquo;,&nbsp;em que&nbsp;os pa&iacute;ses possam assumir a lideran&ccedil;a, sugerindo novas estrat&eacute;gias para uma efetiva governan&ccedil;a multilateral. &ldquo;O Sul precisa do Norte, e, cada vez mais, o Norte precisa do Sul,&rdquo; diz o documento.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: Carolina Pimentel</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> crescimento econômico economia global Nacional Norte países Pnud produção mundial Relatório de Desenvolvimento Humano 2013 Sul Thu, 14 Mar 2013 23:09:55 +0000 carolinap 716030 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Governo contesta dados do Pnud sobre educação https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-03-14/governo-contesta-dados-do-pnud-sobre-educacao <p align="justify"> Luciano Nascimento<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p align="justify"> Bras&iacute;lia &ndash; O governo apontou problemas na metodologia e criticou o <em>Relat&oacute;rio de Desenvolvimento Humano 2013</em>, lan&ccedil;ado hoje (14) pelo Programa das Na&ccedil;&otilde;es Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Apesar de o <a href="http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-03-14/brasil-esta-entre-os-15-paises-que-mais-reduziram-deficit-de-idh-diz-pnud">relat&oacute;rio </a>ter destacado o Brasil como um dos 15 pa&iacute;ses que mais diminu&iacute;ram o d&eacute;ficit de desenvolvimento humano, calculado pelo &iacute;ndice IDH, &nbsp;o Ministro da Educa&ccedil;&atilde;o, Aloizio Mercadante, apontou defasagem nos dados sobre educa&ccedil;&atilde;o. Ele disse que o pa&iacute;s poderia ter subido 20 posi&ccedil;&otilde;es, se o estudo tivesse considerado os dados mais recentes. O Brasil manteve a mesma posi&ccedil;&atilde;o no<em> ranking </em>(85&ordm;), entre os 187 pa&iacute;ses avaliados no relat&oacute;rio de 2012.</p> <p align="justify"> Acompanhado da ministra do Desenvolvimento Social e Combate &agrave; Fome, Tereza Campello, Aloizio Mercadante criticou os dados do relat&oacute;rio relativos a escolaridade, um dos indicadores utilizados para medir o &iacute;ndice, classificando-os como de &ldquo;defasagem inaceit&aacute;vel&rdquo;. &ldquo;Eles [os t&eacute;cnicos do Pnud] n&atilde;o atualizaram os dados referentes&nbsp;&agrave; escolaridade. No caso do Brasil, os dados s&atilde;o de 2005, principalmente no que diz respeito aos anos de escolaridade esperados,&rdquo; disse.</p> <p align="justify"> Os n&uacute;meros do relat&oacute;rio apontam, em 2012, que a escolaridade esperada para as crian&ccedil;as brasileiras &eacute; 14,2&nbsp;anos, o mesmo &iacute;ndice registrado em 2000. &ldquo;Nesse per&iacute;odo, os anos de escolaridade esperados evolu&iacute;ram de 14,2 para 16,7. Com isso, o Brasil subiria 20 posi&ccedil;&otilde;es no IDH,&rdquo; disse. O ministro criticou o fato de o relat&oacute;rio registrar apenas 26 mil crian&ccedil;as a partir dos cinco anos na escola. &quot;Hoje nos temos 4,6 milh&otilde;es. Se o Pnud quiser, n&oacute;s podemos informar o nome e a escola de cada uma delas&rdquo;. Os n&uacute;meros referentes &agrave; m&eacute;dia de anos de escolaridade para a popula&ccedil;&atilde;o com mais de 25 anos escolaridade, de acordo com Mercadante, tamb&eacute;m est&atilde;o desatualizados. O relat&oacute;rio registra 7,2 anos, ante 7,4, na conta do ministro.</p> <p align="justify"> Na opini&atilde;o de Mercadante, o &iacute;ndice apresentado pelo Pnud n&atilde;o leva em considera&ccedil;&atilde;o as mudan&ccedil;as pelas quais o pa&iacute;s passou desde 2000. Em uma d&eacute;cada, tiramos uma Argentina da extrema pobreza. Este salto n&atilde;o est&aacute; presente, pois no c&aacute;lculo eles n&atilde;o consideram os dados atualizados, ponderou. Ele disse que vai conversar com representantes do Pnud para que os dados sejam revistos. &ldquo;Vamos l&aacute; bater na porta, mostrar os nossos dados e fazer a discuss&atilde;o. Eles v&atilde;o ter que rever,&rdquo; disse.</p> <p align="justify"> Em entrevista coletiva, o representante do Pnud no Brasil, Jorge Chediek, confirmou a defasagem dos dados, atribuindo &agrave; metodologia utilizada para elaborar o relat&oacute;rio. &ldquo;No relat&oacute;rio usamos dados universais e, em geral, s&atilde;o atrasados para tentar manter a mesma base de dados entre os pa&iacute;ses. Nem todos tem o mesmo ritmo de atualiza&ccedil;&atilde;o do Brasil,&rdquo; justificou. Na avalia&ccedil;&atilde;o de Chediek, o fundamental &eacute; que o IDH deve ser analisado em uma perspectiva mais ampla, levando em considera&ccedil;&atilde;o a trajet&oacute;ria do pa&iacute;s e as proje&ccedil;&otilde;es em longo prazo. Chediek disse que n&atilde;o h&aacute; a possibilidade de se rever o relat&oacute;rio. &ldquo;Reconhecemos as limita&ccedil;&otilde;es, usamos dados antigos para manter a isonomia entre os pa&iacute;ses, de maneira que ele deve ser encarado como uma refer&ecirc;ncia,&rdquo; disse.</p> <p align="justify"> &nbsp;</p> <p align="justify"> <em>Edi&ccedil;&atilde;o Beto Coura</em></p> <p align="justify"> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>.</em></p> Aloísio Mercadante Educação IDH Jorge Chediek Pnud Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Relatório de Desenvolvimento Humano 2013 Tereza Campello Thu, 14 Mar 2013 19:34:22 +0000 alberto.coura 716014 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/