Sertanópolis https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/149267/all pt-br Laboratório britânico confirma que não houve caso de vaca louca no Brasil https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-12-07/laboratorio-britanico-confirma-que-nao-houve-caso-de-vaca-louca-no-brasil <p> Pedro Peduzzi<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p class="rtejustify"> Bras&iacute;lia &ndash; An&aacute;lises de um laborat&oacute;rio brit&acirc;nico confirmaram que s&atilde;o infundadas as suspeitas de que a morte de uma vaca, em 2010, no munic&iacute;pio de Sertan&oacute;polis (PR), tenha sido em decorr&ecirc;ncia da doen&ccedil;a da vaca louca. Apesar de confirmada a presen&ccedil;a da prote&iacute;na EEB, conhecida por pr&iacute;on, que pode &ndash; ou n&atilde;o &ndash; causar a doen&ccedil;a, o animal&nbsp;n&atilde;o ficou doente. O resultado da an&aacute;lise foi anunciado hoje (7) pelo Minist&eacute;rio da Agricultura, Pecu&aacute;ria e Abastecimento.</p> <p class="rtejustify"> &ldquo;N&oacute;s asseguramos que a vaca n&atilde;o morreu dessa doen&ccedil;a. Provavelmente foi pela idade avan&ccedil;ada em que ela se encontrava [13 anos]&rdquo;, disse o diretor do Departamento de Sa&uacute;de Animal do minist&eacute;rio, Guilherme Marques. &ldquo;Tudo indica que essa prote&iacute;na encontrada pelos exames foi causada por uma muta&ccedil;&atilde;o aleat&oacute;ria, a exemplo do que ocorreu em diversos outros pa&iacute;ses [Estados Unidos, Canad&aacute;, Jap&atilde;o, Portugal e Inglaterra]&rdquo;, acrescentou.</p> <p class="rtejustify"> Identificada na d&eacute;cada de 1980 na Inglaterra, a doen&ccedil;a da vaca louca &eacute; neurodegenerativa. Ela se espalhou pelo pa&iacute;s ap&oacute;s o uso de ra&ccedil;&atilde;o para gado produzida a partir de bovinos que portavam a prote&iacute;na. Mas, segundo os t&eacute;cnicos do minist&eacute;rio, em muitos casos a presen&ccedil;a da prote&iacute;na pr&iacute;on n&atilde;o resulta na doen&ccedil;a, passando o caso a ser&nbsp;identificado como &ldquo;n&atilde;o cl&aacute;ssico&rdquo;.</p> <p class="rtejustify"> O Brasil&nbsp;tem a melhor classifica&ccedil;&atilde;o poss&iacute;vel feita por entidades internacionais em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; doen&ccedil;a da vaca louca: &ldquo;pa&iacute;s de risco insignificante&rdquo;. Como a possibilidade de ocorr&ecirc;ncias de muta&ccedil;&atilde;o da prote&iacute;na existe, nenhum pa&iacute;s &eacute; considerado livre da doen&ccedil;a.</p> <p class="rtejustify"> &ldquo;O Brasil seguiu, de imediato, todos os procedimentos preventivos, acionando o servi&ccedil;o oficial [autoridades de sa&uacute;de animal], e no dia seguinte [ao &oacute;bito] chegamos ao local. O animal foi enterrado sem entrar na cadeia alimentar. Isso tudo mostra a import&acirc;ncia dos procedimentos e das medidas de mitiga&ccedil;&atilde;o&rdquo;, explicou Guilherme Marques.</p> <p class="rtejustify"> Segundo ele, todos os protocolos internacionais foram seguidos: investiga&ccedil;&otilde;es internas [exames cl&iacute;nicos e epidemiol&oacute;gicos em campo, exames em n&iacute;veis estadual e federal, no pr&oacute;prio pa&iacute;s]; e envio a laborat&oacute;rios internacionais, nos casos em que pairem d&uacute;vidas. Como foram obtidos resultados divergentes (positivos e negativos) relativos &agrave; presen&ccedil;a da prote&iacute;na, o Brasil encaminhou para an&aacute;lise do laborat&oacute;rio considerado o&nbsp;mais bem &nbsp;equipado para a identifica&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a, o Animal Health and Veterinary Laboratories Agency, na Inglaterra.</p> <p class="rtejustify"> O secret&aacute;rio de Defesa Agropecu&aacute;ria, &Ecirc;nio Marques, disse que o pa&iacute;s est&aacute; preparado para questionar quaisquer tipos de restri&ccedil;&atilde;o &agrave; carne brasileira. &ldquo;Nosso sistema &eacute; de cria&ccedil;&atilde;o em pasto. As regras internacionais s&atilde;o claras. N&atilde;o temos a doen&ccedil;a e, como tal, se algum pa&iacute;s criar alguma restri&ccedil;&atilde;o, vamos usar os canais corretos para dar explica&ccedil;&otilde;es e, depois, usando o acordo sobre aplica&ccedil;&atilde;o de medidas sanit&aacute;rias de Genebra, fazer as reclama&ccedil;&otilde;es e se for o caso, levar a um painel&rdquo;, disse.</p> <p class="rtejustify"> &ldquo;As garantias e certifica&ccedil;&otilde;es continuam as mesmas. Evidentemente pode acontecer de algum pa&iacute;s, numa rea&ccedil;&atilde;o mais precipitada gerar algum tipo moment&acirc;neo de restri&ccedil;&atilde;o, mas vamos dar as explica&ccedil;&otilde;es necess&aacute;rias a isso&rdquo;, completou.</p> <p> &nbsp;</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o Beto Coura</em></p> Animal Health and Veterinary laboratories Agency defesa agropecuária Ênio Marques Guilherme Marques Internacional Proteína EEB Sertanópolis vaca louca Fri, 07 Dec 2012 15:59:14 +0000 alberto.coura 709651 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/