comissão da verdade de são paulo https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//taxonomy/term/147456/all pt-br Comissão da Verdade de São Paulo conclui que Juscelino Kubitschek foi assassinado https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-12-09/comissao-da-verdade-de-sao-paulo-conclui-que-juscelino-kubitschek-foi-assassinado <p style="margin-bottom: 0cm">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Elaine Patricia Cruz<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p style="margin-bottom: 0cm">S&atilde;o Paulo &ndash; A Comiss&atilde;o Municipal da Verdade de S&atilde;o Paulo declarou hoje (9) que o ex-presidente da Rep&uacute;blica Juscelino Kubitschek (JK) foi assassinado durante a ditadura militar (1964-1985), contrariando a vers&atilde;o de que o ex-presidente morreu em um acidente de carro.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">A vers&atilde;o oficial sobre a morte aponta que Juscelino e seu motorista, Geraldo Ribeiro, morreram em agosto de 1976 em um acidente de tr&acirc;nsito na Rodovia Presidente Dutra, que liga S&atilde;o Paulo ao Rio de Janeiro, quando o carro em que estava o ex-presidente colidiu com uma carreta ap&oacute;s ter sido fechado por um &ocirc;nibus. A vers&atilde;o de morte acidental sempre foi contestada pela comiss&atilde;o.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">&quot;N&atilde;o temos d&uacute;vida de que Juscelino Kubitschek foi v&iacute;tima de conspira&ccedil;&atilde;o, compl&ocirc; e atentado pol&iacute;tico&quot;, disse o vereador Gilberto Natalini, presidente da Comiss&atilde;o Municipal da Verdade.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">Amanh&atilde; (10), na sede da C&acirc;mara Municipal de S&atilde;o Paulo, a comiss&atilde;o vai divulgar um documento, de 29 p&aacute;ginas, elencando &ldquo;90 ind&iacute;cios, evid&ecirc;ncias, provas, testemunhos, circunst&acirc;ncias, contradi&ccedil;&otilde;es, controv&eacute;rsias e questionamentos&rdquo; que a fizeram concluir que JK foi assassinado durante viagem de carro na Rodovia Presidente Dutra.</p> <p style="margin-bottom: 0cm">&nbsp;</p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Edi&ccedil;&atilde;o: A&eacute;cio Amado</em></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil </strong><br /> &nbsp;</em></p> comissão da verdade de são paulo Juscelino Kubitschek Nacional Mon, 09 Dec 2013 22:07:21 +0000 aecioamado 736153 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Comissão da Verdade de São Paulo pede exumação dos restos mortais do motorista de Juscelino https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-10-22/comissao-da-verdade-de-sao-paulo-pede-exumacao-dos-restos-mortais-do-motorista-de-juscelino <p><em><span style="line-height: 1.5em;">Da Ag&ecirc;ncia Brasil</span></em></p> <p>&nbsp;</p> <p>S&atilde;o Paulo &ndash; A Comiss&atilde;o da Verdade de S&atilde;o Paulo pediu a exuma&ccedil;&atilde;o dos restos mortais de Geraldo Ribeiro, motorista do ex-presidente da Rep&uacute;blica Juscelino Kubitschek. Geraldo morreu no acidente que tamb&eacute;m matou Juscelino.</p> <p>&ldquo;A &uacute;ltima quest&atilde;o &eacute; que fomos a Belo Horizonte e entramos com uma a&ccedil;&atilde;o na Justi&ccedil;a pedindo a permiss&atilde;o para fazer a exuma&ccedil;&atilde;o da ossada do motorista do Juscelino, Geraldo Ribeiro. Estamos esperando o juiz dar a decis&atilde;o&rdquo;, disse o presidente da Comiss&atilde;o da Verdade Municipal, vereador Gilberto Natalini, em entrevista hoje (22) &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>.</p> <p>A vers&atilde;o oficial do acidente aponta que Juscelino e o motorista morreram em agosto de 1976 em um acidente de tr&acirc;nsito na Rodovia Presidente Dutra, que liga S&atilde;o Paulo ao Rio de Janeiro. O carro colidiu com uma carreta ap&oacute;s ter sido fechado por um &ocirc;nibus. No entanto, a vers&atilde;o de morte acidental &eacute; contestada pela comiss&atilde;o.</p> <p>Natalini disse ainda ter conversado, na semana passada, com o jornalista Wanderley Midei, em Aracaju (SE). Midei investigou a morte do ex-presidente Juscelino para o jornal O Estado de S. Paulo, em 1976. &ldquo;Ele recebeu a not&iacute;cia de que havia um buraco de bala no cr&acirc;nio do motorista. Ele disse ter ido ent&atilde;o a Rezende e ao Rio de Janeiro, mas n&atilde;o conseguiu comprovar isso&rdquo;, disse. &ldquo;Estamos agora procurando testemunhas da &eacute;poca, que viram o acidente. Estamos investigando quem estava l&aacute;, tal como os guardas rodovi&aacute;rios&rdquo;, completou Natalini.</p> <p><span style="line-height: 1.5em;">Em setembro, a comiss&atilde;o pediu &agrave; Justi&ccedil;a a exuma&ccedil;&atilde;o do corpo de Geraldo Ribeiro. Em 1996, uma per&iacute;cia feita pela Pol&iacute;cia Civil de Minas Gerais, no corpo do motorista, apontou a exist&ecirc;ncia de um fragmento met&aacute;lico no cr&acirc;nio. A explica&ccedil;&atilde;o dada &agrave; &eacute;poca era que se tratava de um prego do caix&atilde;o, mas a comiss&atilde;o acredita que possa ser um proj&eacute;til de arma de fogo, o que indicaria que o ex-presidente foi v&iacute;tima de um atentado.</span></p> <p>Na manh&atilde; desta ter&ccedil;a-feira, a Comiss&atilde;o da Verdade ouviu o depoimento de Carlos Eug&ecirc;nio da Paz, o Clemente, que participou da lutar armada pela A&ccedil;&atilde;o Libertadora Nacional (ALN), na qual tamb&eacute;m atuou Carlos Marighella.</p> <p>Durante o depoimento, Clemente disse que as a&ccedil;&otilde;es da ALN e de toda a luta armada no per&iacute;odo da ditadura militar precisam ser analisadas &agrave; luz do que o pa&iacute;s vivia na &eacute;poca. &ldquo;Se voc&ecirc;s pensarem com a cabe&ccedil;a de hoje sobre o que acontecia no meio de uma guerra, v&atilde;o considerar tudo um erro, s&oacute; que aconteceu uma luta armada, guerra &eacute; guerra&rdquo;, disse.</p> <p>Para Clemente, mais importante do que contabilizar as v&iacute;timas da ditadura, &eacute; &ldquo;responsabilizar a direita pelo golpe e todos os outros crimes&rdquo;. &ldquo;O golpe foi o crime que deu in&iacute;cio a todos os outros&rdquo;, ressaltou.</p> <p>O presidente da comiss&atilde;o disse que Clemente ser&aacute; novamente ouvido. &ldquo;Ele vai ter que voltar para terminar [o depoimento] em um outro dia&rdquo;, disse o vereador. &ldquo;Foi um relato hist&oacute;rico o que ele [Clemente] fez aqui. E isso ser&aacute; importante para o nosso relat&oacute;rio final&rdquo;, declarou Natalini.&nbsp;</p> <p>Na sexta-feira (25) ser&aacute; inaugurada uma pra&ccedil;a e um memorial em homenagem ao jornalista Vladimir Herzog, que foi torturado e morto nas depend&ecirc;ncias do Destacamento de Opera&ccedil;&otilde;es de Informa&ccedil;&otilde;es &ndash; Centro de Opera&ccedil;&otilde;es de Defesa Interna (DOI-Codi), em outubro de 1975. &nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: A&eacute;cio Amado</em></p> <p><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>&nbsp;</em></p> comissão da verdade de são paulo Juscelino Kubitschek Nacional Wed, 23 Oct 2013 00:52:08 +0000 aecioamado 733476 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Comissão da Verdade de São Paulo ouve depoimentos sobre Chacina da Lapa https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-08-08/comissao-da-verdade-de-sao-paulo-ouve-depoimentos-sobre-chacina-da-lapa <p>Bruno Bocchini<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p>S&atilde;o Paulo &ndash; A Comiss&atilde;o da Verdade do Estado de S&atilde;o Paulo ouviu hoje (8) o depoimento do jornalista Pedro Estevam da Rocha Pomar, neto do ent&atilde;o dirigente do PCdoB Pedro Pomar, um dos mortos em S&atilde;o Paulo no epis&oacute;dio que ficou conhecido como Chacina da Lapa, em dezembro 1976.</p> <p>&ldquo;Os documentos oficiais constru&iacute;ram uma vers&atilde;o mentirosa. E essa vers&atilde;o foi estampada nos jornais da &eacute;poca. E acabou, de certa maneira, persistindo. Voc&ecirc; l&ecirc; algumas publica&ccedil;&otilde;es e tem a impress&atilde;o que, ap&oacute;s a morte de Vladimir Herzog e de Manuel Fiel Filho [nas depend&ecirc;ncias do Destacamento de Opera&ccedil;&otilde;es de Informa&ccedil;&otilde;es - Centro de Opera&ccedil;&otilde;es de Defesa Interna (DOI-Codi) em outubro de 1975 e janeiro de 1976, respectivamente] n&atilde;o houve mais mortes, n&atilde;o houve mais repress&atilde;o violenta, n&atilde;o houve mais tortura&rdquo;.</p> <p>&ldquo;Achamos importante fazer essa contraposi&ccedil;&atilde;o para rep&ocirc;r a verdade hist&oacute;rica&rdquo;, disse Pedro Estevam em depoimento na Assembleia Legislativa de S&atilde;o Paulo.</p> <p>No epis&oacute;dio, tr&ecirc;s militantes contr&aacute;rios ao regime foram mortos. Pedro Pomar e &Acirc;ngelo Arroyo, dirigentes do PCdoB, executados por agentes da ditadura no dia 16 de dezembro dentro de uma casa na Rua Pio XI, na Lapa, usada pelo partido como local de reuni&atilde;o. No dia anterior, o economista Jo&atilde;o Batista Franco Drummont foi preso quando sa&iacute;a da casa e levado para as depend&ecirc;ncias do DOI-Codi, onde foi morto.</p> <p>A casa estava sendo vigiada pelas for&ccedil;as de seguran&ccedil;a havia quatro dias. Foram presos, e posteriormente torturados, Maria Trindade, que ainda estava na casa quando da invas&atilde;o dos militares, Haroldo Borges Rodrigues Lima, Aldo Arantes e Wladmir Pomar, que j&aacute; tinham deixado o local. Elza de Lima Monnerat e Joaquim Celso de Lima foram presos quando estavam em um carro em frente ao local.</p> <p>Na vers&atilde;o oficial, apresentada pelo Ex&eacute;rcito &agrave; &eacute;poca, a casa de n&uacute;mero 767 na Rua Pio XI, na Lapa, era usada para &ldquo;reuni&otilde;es clandestinas com comparecimento de elementos ligados &agrave; subvers&atilde;o&rdquo;.</p> <p>&ldquo;Foi dito que houve tiroteio e resist&ecirc;ncia armada. E que Jo&atilde;o Batista morreu atropelado. Que n&atilde;o houve tortura posterior. Mas os presos foram torturados em S&atilde;o Paulo e no Rio de Janeiro, torturados durante dez dias no DOI-Codi do 1&ordm; Ex&eacute;rcito&rdquo;, disse Pedro Estavam.</p> <p>O presidente da Comiss&atilde;o Estadual Verdade, deputado estadual Adriano Diogo (PT), o depoimento serviu para esclarecer quest&otilde;es ainda nebulosas. &ldquo;Esta audi&ecirc;ncia foi important&iacute;ssima. &Eacute; um epis&oacute;dio encoberto de muitas d&uacute;vidas. As pessoas n&atilde;o estavam nem armadas, estavam em uma reuni&atilde;o de avalia&ccedil;&atilde;o e foram assassinadas&rdquo;, disse.<br /> &nbsp;</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: A&eacute;cio Amado</em></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> Chacina da Lapa Cidadania comissão da verdade de são paulo depoimentos ditadura militar Fri, 09 Aug 2013 00:00:29 +0000 aecioamado 727662 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Comissão da Verdade de São Paulo quer coletar assinaturas para pedir revisão da Lei de Anistia https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-06-10/comissao-da-verdade-de-sao-paulo-quer-coletar-assinaturas-para-pedir-revisao-da-lei-de-anistia <p>Elaine Patricia Cruz<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p>S&atilde;o Paulo &ndash; A Comiss&atilde;o da Verdade de S&atilde;o Paulo prop&ocirc;s hoje (10) fazer uma campanha nacional para pedir a reinterpreta&ccedil;&atilde;o da Lei de Anistia. A ideia &eacute;, de in&iacute;cio, coletar assinaturas e ent&atilde;o encaminhar proposta ao Congresso Nacional.</p> <p>&ldquo;A partir da reuni&atilde;o de hoje, vamos [propor] um projeto de lei, de iniciativa popular, para coleta de 1,3 milh&atilde;o de assinaturas para pedir, at&eacute; o dia 31 de mar&ccedil;o de 2014, que marca os 50 anos do golpe [militar], a possibilidade de mudan&ccedil;a de interpreta&ccedil;&atilde;o da Lei de Anistia&rdquo;, disse o deputado estadual Adriano Diogo, presidente da Comiss&atilde;o Estadual da Verdade de S&atilde;o Paulo.</p> <p>Em 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou a validade da norma editada em 1979 que impede a puni&ccedil;&atilde;o de agentes de Estado e ativistas que cometeram crimes pol&iacute;ticos durante a ditadura militar. O deputado defende que enquanto a Lei de Anistia n&atilde;o for revista, nenhum arquivo referente &agrave; ditadura militar no pa&iacute;s ser&aacute; aberto e n&atilde;o haver&aacute; puni&ccedil;&atilde;o a torturadores.</p> <p>Para o procurador da Rep&uacute;blica Marlon Alberto Weichert, a Lei de Anistia viola a conven&ccedil;&atilde;o internacional de direitos humanos. &ldquo;O direito internacional dos direitos humanos entende que n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel haver anistia a graves viola&ccedil;&otilde;es dos direitos humanos&rdquo;, disse, citando entre elas o desaparecimento for&ccedil;ado, a tortura, a execu&ccedil;&atilde;o sum&aacute;ria e os crimes de viol&ecirc;ncia sexual.</p> <p>Para o procurador, no entanto, n&atilde;o &eacute; necess&aacute;rio fazer um projeto de lei para rever a quest&atilde;o da Lei de Anistia no pa&iacute;s, j&aacute; que, pela senten&ccedil;a da Corte Interamericana de Direitos Humanos que condenou o pa&iacute;s no caso da Guerrilha do Araguaia, entendeu-se que n&atilde;o h&aacute; anistia para graves condutas de viola&ccedil;&atilde;o aos direitos humanos, tais como os que ocorreram durante a ditadura militar no pa&iacute;s. &ldquo;No nosso entendimento, a Lei de Anistia j&aacute; teve seus efeitos invalidados para esses graves crimes em fun&ccedil;&atilde;o da decis&atilde;o da Corte Interamericana de Direitos Humanos. O Brasil se obrigou a respeitar e a cumprir as decis&otilde;es da corte e deve faz&ecirc;-lo por todos seus &oacute;rg&atilde;os&rdquo;, ressaltou.</p> <p>Hoje, a Comiss&atilde;o Estadual da Verdade de S&atilde;o Paulo lan&ccedil;ou uma publica&ccedil;&atilde;o que analisa e apresenta, na &iacute;ntegra, a senten&ccedil;a sobre o Caso Gomes-Lund (mais conhecido como a Guerrilha do Araguaia) pela Corte Interamericana de Direitos Humanos. Para o lan&ccedil;amento da publica&ccedil;&atilde;o, a comiss&atilde;o promoveu um debate com a presen&ccedil;a da coordenadora da Comiss&atilde;o Nacional da Verdade, Rosa Cardoso. O debate ocorreu na Assembleia Legislativa de S&atilde;o Paulo.</p> <p>&nbsp;</p> <p><em>Edi&ccedil;&atilde;o: A&eacute;cio Amado</em></p> <p style="margin-bottom: 0cm"><em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. &Eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> Cidadania comissão da verdade de são paulo Revisão da Lei de Anistia Mon, 10 Jun 2013 23:11:59 +0000 aecioamado 722679 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Audiência da Comissão da Verdade de São Paulo https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//galeria/2013-05-16/audiencia-da-comissao-da-verdade-de-sao-paulo <p>São Paulo - A Comissão da Verdade de SP ouve o ex-soldado Valdemar Martins de Oliveira, testemunha da prisão e execução do casal Catarina Helena Abi-Eçab e João Antônio Santos Abi-Eçab, em novembro de 1968 São Paulo - A Comissão da Verdade de SP ouve o ex-soldado Valdemar Martins de Oliveira, testemunha da prisão e execução do casal Catarina Helena Abi-Eçab e João Antônio Santos Abi-Eçab, em novembro de 1968 São Paulo - A Comissão da Verdade de SP ouve o ex-soldado Valdemar Martins de Oliveira, testemunha da prisão e execução do casal Catarina Helena Abi-Eçab e João Antônio Santos Abi-Eçab, em novembro de 1968 São Paulo - O ex-soldado Valdemar Martins de Oliveira fala à Comissão da Verdade de SP sobre a morte do casal Catarina Helena Abi-Eçab e João Antônio Santos Abi-Eçab, em novembro de 1968 São Paulo - O ex-soldado Valdemar Martins de Oliveira fala à Comissão da Verdade de SP sobre a morte do casal Catarina Helena Abi-Eçab e João Antônio Santos Abi-Eçab, em novembro de 1968 São Paulo - A Comissão da Verdade de SP ouve o ex-soldado Valdemar Martins de Oliveira, testemunha da prisão e execução do casal Catarina Helena Abi-Eçab e João Antônio Santos Abi-Eçab, em novembro de 1968 São Paulo - A Comissão da Verdade de SP ouve o ex-soldado Valdemar Martins de Oliveira, testemunha da prisão e execução do casal Catarina Helena Abi-Eçab e João Antônio Santos Abi-Eçab, em novembro de 1968 São Paulo - A Comissão da Verdade de SP ouve o ex-soldado Valdemar Martins de Oliveira, testemunha da prisão e execução do casal Catarina Helena Abi-Eçab e João Antônio Santos Abi-Eçab, em novembro de 1968 </p> comissão da verdade de são paulo Justiça Thu, 16 May 2013 18:56:09 +0000 luciano 720884 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Comissão da Verdade de São Paulo ouve parentes de desaparecidos na Guerrilha do Araguaia https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2013-04-12/comissao-da-verdade-de-sao-paulo-ouve-parentes-de-desaparecidos-na-guerrilha-do-araguaia <p> Camila Maciel<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo &ndash; A Comiss&atilde;o Estadual da Verdade de S&atilde;o Paulo ouviu hoje (12) os depoimentos de parentes de desaparecidos pol&iacute;ticos que participaram da Guerrilha do Araguaia, grupo armado de resist&ecirc;ncia &agrave; ditadura militar instalado no Par&aacute; na d&eacute;cada de 1970. Foram discutidos os casos de nove militantes nascidos em S&atilde;o Paulo ou que tiveram atua&ccedil;&atilde;o no estado.</p> <p> O caso dos irm&atilde;os Jaime e L&uacute;cio Petit da Silva foi relembrado por Laura Petit, irm&atilde; dos ex-militantes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). &quot;Eu tive tr&ecirc;s irm&atilde;os desaparecidos no Araguaia [o desaparecimento de Maria L&uacute;cia Petit foi analisado no m&ecirc;s passado]. A minha fam&iacute;lia foi dizimada pela ditadura. Espero que o Estado brasileiro fa&ccedil;a jus ao resultado da Comiss&atilde;o da Verdade e responsabilize as pessoas que praticaram esses atos&quot;, disse.</p> <p> De acordo com o hist&oacute;rico dos desaparecidos, organizado pela comiss&atilde;o, Jaime desapareceu em 28 ou 29 de novembro de 1973 ap&oacute;s um cerco militar &agrave; regi&atilde;o da guerrilha. L&uacute;cio est&aacute; desaparecido desde 21 de abril de 1974, e sumiu tamb&eacute;m depois de ataque dos militares no Araguaia. Os dados constam no <em>Relat&oacute;rio Arroyo</em>, escrito pelo dirigente do PCdoB, &Acirc;ngelo Arroyo, que sobreviveu &agrave;s investidas militares na regi&atilde;o.</p> <p> Laura Petit est&aacute; confiante no trabalho feito pelas Comiss&otilde;es da Verdade, mas acredita que os familiares apresentaram todos os dados que deveriam e agora &eacute; preciso escutar os agentes da repress&atilde;o. &quot;Existe um arquivo vivo da ditadura militar que precisa ser ouvido. Gostaria de ver sentado naquela mesa as pessoas que praticaram esses atos&quot;, disse &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong>.</p> <p> De acordo com o deputado estadual Adriano Diogo, que preside os trabalhos, neste primeiro semestre a comiss&atilde;o est&aacute; empenhada em reunir o m&aacute;ximo de informa&ccedil;&otilde;es sobre os 154 casos analisados para, em seguida, identificar quais informa&ccedil;&otilde;es de cada fato ainda devem ser buscadas. &quot;As audi&ecirc;ncias, por enquanto, s&atilde;o praticamente com o que j&aacute; havia. Vamos ter que aprofundar. Saber como foi, quem praticou. &Eacute; uma fase mais complexa&quot;, explicou.</p> <p> Outro depoimento de hoje foi Rosana de Moura Momente, filha do militante Orlando Momente. &quot;Tenho poucas lembran&ccedil;as do meu pai. Na verdade, nunca convivi com ele. Acabei sabendo um pouco mais sobre ele a partir do contato com a Crim&eacute;ia [Almeida, tamb&eacute;m participante da Guerrilha do Araguaia]. At&eacute; hoje enfrento dificuldades relacionadas ao meu pai, porque n&oacute;s n&atilde;o temos a data exata da morte e minha m&atilde;e n&atilde;o pode receber pens&atilde;o por isso&quot;, disse. Orlando foi visto pela &uacute;ltima vez em 30 de dezembro de 1973 no sul do Par&aacute;.</p> <p> A escritora Liniane Brum, sobrinha de Cilon Brum, morto em 27 de fevereiro de 1974, relatou durante a audi&ecirc;ncia o resultado das entrevistas feitas por ela na regi&atilde;o do Araguaia. &quot;A aus&ecirc;ncia do meu tio tem exatamente a minha idade. Eu vivi esse v&aacute;cuo, esse sil&ecirc;ncio. A espera da minha av&oacute; durante todo esse tempo. Movida por essa dor, em 2000, decidi ir ao Araguaia e ouvir das pessoas que l&aacute; viveram o que aconteceu&quot;, disse. O material desse trabalho foi reunido no livro <em>Antes do Passado - o Sil&ecirc;ncio Que Vem do Araguaia</em>.</p> <p> &quot;Fiz tr&ecirc;s viagens independentes ao Araguaia. A primeira em dezembro de 2009. Fui com o foco familiar, mas chegando pude encontrar pessoas que me falaram principalmente do fim da vida do Cilon. Ele j&aacute; abatido, preso, a fase de exterm&iacute;nio mesmo. Acho que essas pessoas [da regi&atilde;o] deveriam ser ouvidas em espa&ccedil;os como esses. Eles t&ecirc;m a mem&oacute;ria desse peda&ccedil;o da hist&oacute;ria&quot;, disse.</p> <p> Tamb&eacute;m participaram da audi&ecirc;ncia Maristela Nurchis, irm&atilde; do guerrilheiro Manoel Jos&eacute; Nurchis; Jos&eacute; Dalmo Ribas, irm&atilde;o Ant&ocirc;nio Guilherme Ribeiro Ribas; Igor Grabois, filho de Gilberto Ol&iacute;mpio Maria. Parentes de Pedro Alexandrino de Oliveira Filho e Miguel Pereira dos Santos foram convidados, mas n&atilde;o compareceram &agrave; reuni&atilde;o.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> <p> <em>Todo o conte&uacute;do deste site est&aacute; publicado sob a Licen&ccedil;a Creative Commons Atribui&ccedil;&atilde;o 3.0 Brasil. Para reproduzir as mat&eacute;rias &eacute; necess&aacute;rio apenas dar cr&eacute;dito &agrave; <strong>Ag&ecirc;ncia Brasil</strong></em></p> Cidadania Comissão da Verdade comissão da verdade de são paulo desaparecidos no araguaia ditadura Guerrilha do Araguaia regime militar Fri, 12 Apr 2013 20:56:09 +0000 fabio.massalli 718260 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/ Comissões da Verdade nacional e de SP fazem primeira audiência conjunta https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil//noticia/2012-11-12/comissoes-da-verdade-nacional-e-de-sp-fazem-primeira-audiencia-conjunta <p> Bruno Bocchini<br /> <em>Rep&oacute;rter da Ag&ecirc;ncia Brasil</em></p> <p> S&atilde;o Paulo &ndash;&nbsp; A Comiss&atilde;o Nacional da Verdade e a Comiss&atilde;o Estadual da Verdade de S&atilde;o Paulo realizaram hoje (12) a primeira audi&ecirc;ncia conjunta para coleta de depoimentos sobre mortos e desaparecidos no per&iacute;odo da ditadura militar. A sess&atilde;o, que ocorreu na Assembleia Legislativa do Estado de S&atilde;o Paulo, trouxe testemunhos sobre os casos de Luiz Eurico Tejera Lisboa e Eduardo Leite, conhecido como Bacuri.</p> <p> Foram ouvidas cinco testemunhas sobre a morte de Bacuri &ndash; Ariston Lucena, Ottoni Fernandes, Reinaldo Morano, Calos Pittoli e Roberto de Assis Tavares &ndash; al&eacute;m do depoimento da esposa de Eduardo Leite, Denise Crispim. Em rela&ccedil;&atilde;o a Luiz Eurico,&nbsp; foram ouvidos Fernando Morais, Ricardo Carvalho e Suzana Lisboa.</p> <p> &ldquo;N&oacute;s j&aacute; t&iacute;nhamos ouvido depoimentos de v&iacute;timas em reuni&otilde;es da Comiss&atilde;o da Verdade, mas n&atilde;o assim, colocar uma v&iacute;tima com v&aacute;rias testemunhas, confrontando depoimentos, cobrindo toda uma hist&oacute;ria da pris&atilde;o, como foi no caso do Bacuri, inclusive com algu&eacute;m que estava no servi&ccedil;o militar na &eacute;poca&rdquo;, disse a conselheira da Comiss&atilde;o Nacional da Verdade, Rosa Maria Cardoso.</p> <p> &ldquo;Eu acho que o caso do Bacuri, inclusive por documentos que se tem, muito mais at&eacute; do que foi apresentado aqui, vai ficar muito comprovado o tipo de crime que aconteceu. Realmente, a morte dele foi ilegal, foi criminosa, &eacute; a morte de uma pessoa que est&aacute; presa e desarmada. Isso &eacute; inaceit&aacute;vel segundo as pr&oacute;prias leis do regime militar vigente&rdquo;, acrescentou.</p> <p> Bacuri foi preso em 1970. Segundo o <em>site </em>do grupo Tortura Nunca Mais, o drama de Bacuri, que, na &eacute;poca, tinha 25 anos, &quot;&eacute; o mais terr&iacute;vel de todos os casos conhecidos de crime pol&iacute;tico&quot;. Bacuri foi torturado por meses e chegou a receber de seus algozes, na cela, um jornal que noticiava sua fuga da pris&atilde;o. Ele permaneceu preso e incomunic&aacute;vel at&eacute; sua morte. A vers&atilde;o dos militares &eacute; que ele foi morto em um tiroteio ap&oacute;s escapar da pris&atilde;o.</p> <p> &ldquo;Para mim, hoje foi important&iacute;ssimo porque &eacute; minha vida que volta, &eacute; a hist&oacute;ria do Eduardo [Bacuri] que volta, procurando a verdade. Eu estou pronta agora para conhecer tudo, para encontrar as pessoas, inclusive aquelas que fizeram a execu&ccedil;&atilde;o dele, que mandaram, eu estou pronta para me confrontar com eles&rdquo;, disse Denise Crispim.</p> <p> J&aacute; Luiz Eurico Tejera Lisboa, membro da A&ccedil;&atilde;o Libertadora Nacional (ALM), foi preso em circunst&acirc;ncias desconhecidas em S&atilde;o Paulo, na primeira semana de setembro de 1972, e estava desaparecido. Em 1979, seus restos mortais foram localizados enterrados, sob o nome de Nelson Bueno, no Cemit&eacute;rio Dom Bosco, no bairro de Perus, em S&atilde;o Paulo. A vers&atilde;o oficial para sua morte foi suic&iacute;dio.</p> <p> &ldquo;Estamos aprendendo a fazer a Comiss&atilde;o da Verdade. Estamos construindo. Talvez a gente saiba aonde quer chegar, mas n&atilde;o sabe como chegar l&aacute;. Acho que hoje foi um dia importante, n&oacute;s temos 140 biografias a serem apuradas, s&atilde;o 140 mortos desaparecidos no estado&rdquo;, disse o presidente da Comiss&atilde;o Estadual da Verdade, o deputado Adriano Diogo.</p> <p> <em>Edi&ccedil;&atilde;o: F&aacute;bio Massalli</em></p> ação libertadora nacional alm bacuri Comissão da Verdade comissão da verdade de são paulo comissão da verdade nacional ditadura militar Nacional preso político são paulo tortura tortura nunca mais Mon, 12 Nov 2012 23:46:44 +0000 fabio.massalli 707753 at https://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/