Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Policiais civis da 26ª Delegacia, em Todos os Santos, na zona norte, prenderam hoje (1º) seis dos oito integrantes da torcida organizada Força Jovem Vasco acusados de matar o torcedor do Flamengo, Bruno Saturnino, em abril do ano passado, depois de um jogo no Estádio Olímpico João Havalange, o Engenhão. O crime ocorreu próximo à estação de trem do Engenho de Dentro, quando a vítima, integrante da Torcida Jovem do Flamengo, foi reconhecida pelos vascaínos dentro de um ônibus. Os rivais tiraram o torcedor do coletivo e o espancaram até a morte.
O delegado responsável pela operação, Carlos Leba, disse que as buscas aos dois foragidos vão continuar nos bairros de Campo Grande, Realengo e Magalhães Bastos, na zona oeste da cidade. "A situação chegou a um limite muito perigoso. Esses torcedores são em sua maioria jovens. Estamos investigando como essas ações se articulam nas torcidas organizadas e pretendemos diminuir ao mínimo esse tipo de mal do esporte", disse Leba.
Segundo o delegado, os criminosos vão responder por homicídio triplamente qualificado, com agravantes de motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. Se condenados, eles podem pegar até 30 anos de prisão pelo assassinato.
Em novembro do ano passado, a Polícia Civil realizou uma megaoperação, intitulada Fairplay para prender integrantes de diversas torcidas organizadas do Rio. Na ocasião, nove componentes de torcidas foram presos, entre eles Carlos Renato Silva, que era presidente da maior torcida organizada do Brasil, a Raça Fla, do Flamengo. Todos foram levados para o Presídio Bangu 1, no Complexo de Gericinó, na zona oeste, e continuam detidos até hoje. Além das prisões, a polícia apreendeu drogas, armas de fogo e ingressos falsos.
Edição: Tereza Barbosa
Todo o conteúdo deste site está publicado sob a Licença Creative Commons Atribuição 3.0 Brasil. Para reproduzir as matérias é necessário apenas dar crédito à Agência Brasil