Painel de Portinari, A Primeira Missa no Brasil, vai integrar acervo do Museu Nacional de Belas Artes

15/01/2013 - 18h16

Paulo Virgilio
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Ainda no primeiro semestre deste ano, em data a ser definida a partir de março, o Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) vai mostrar ao público a mais nova obra de seu acervo, o painel A Primeira Missa no Brasil, de Cândido Portinari. Recentemente adquirida para o museu pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), vinculado ao Ministério da Cultura, a obra será exibida juntamente com A Primeira Missa no Brasil, de Victor Meirelles, um dos quadros clássicos do MNBA. Além das duas telas, a exposição contará com os estudos feitos pelos dois artistas no processo de criação e execução de suas obras.

Pintado em 1948, o painel foi encomendado a Portinari por Thomaz Oscar Pinto da Cunha Saavedra, terceiro barão de Saavedra, para decorar a sede do então Banco Boavista, prédio do centro do Rio projetado por Oscar Niemeyer em 1946.

Segundo a direção do MNBA, a aquisição consolida a posição do museu como o segundo do país com maior número de obras de Cândido Portinari em exibição permanente. Na Galeria de Arte Brasileira e Contemporânea do museu, reaberta na quinta-feira (10), após seis meses de reformas, podem ser apreciadas cinco telas do pintor, entre elas Café, de 1935, um dos ícones da trajetória do artista, e a recém-doada Retrato de Yedda Schmidt.

A maior coleção pública de Portinari, no entanto, pertence ao Museu Chácara do Céu, instituição carioca vinculada ao Ibram. Um dos dois museus legados à cidade pelo industrial e colecionador Raymundo Ottoni de Castro Maya (1894-1968), a Chácara do Céu, localizada no bairro de Santa Teresa, tem em seu acervo 11 óleos, 110 desenhos e 47 gravuras de Portinari.

Em junho, o MNBA receberá uma grande exposição de obras dos museus do Vaticano, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, megaevento que trará ao Rio de Janeiro o papa Bento 16. A diretora do MNBA, Mônica Xexéo, está em Roma para tratar da vinda das obras ao Rio.

 

Edição: Aécio Amado

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