Daniel Lima
Da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal, cobrou hoje (10) da Receita Federal uma dívida de aproximadamente R$ 300 milhões que o Fisco tem com o setor, devido à prestação de serviços. Murilo Portugal, que esteve reunido com o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, informou que o tema do spread bancário será tratado em um segundo encontro, às 15 horas.
“O spread bancário será discutido à tarde. Viemos falar sobre tarifas bancárias cobradas pelos bancos à Receita para fazer a arrecadação. Os bancos têm um contrato com a Receita para arrecadar os impostos e fomos convidados para discutir esse contrato”, disse Murilo Portugal. O spread é a diferença entre o custo de captação dos bancos e o que é cobrado do cliente ao tomar o empréstimo.
De acordo com o presidente da Febraban, além da dívida de R$ 300 milhões contraída no ano passado, foram discutidas mudanças na operação de arrecadação de impostos, incluindo o estabelecimento de taxas mais baratas.
“As tarifas variam de R$ 0,40 a R$ 1,39. No último caso, é tarifa do Darf [Documento de Arrecadação de Receitas Federais], sem código de barras, pago na boca da caixa. Já o [valor de] R$ 0,40 é por débito automático. Há um interesse tanto da Receita quanto dos bancos para mudar o máximo para débito automático”.
O tema do spread bancário será discutido, à tarde, com Dyogo Henrique de Oliveira, secretário executivo adjunto do Ministério da Fazenda. Seguindo o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal anunciou, na semana passada, que irá reduzir as taxas de juros cobradas dos clientes nas operações de crédito. Assim, a Caixa também passa a reforçar a política do governo de pressionar o sistema financeiro para que reduza o spread bancário.
Edição: Davi Oliveira