Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A oposição no Equador prepara para amanhã (8) uma série de protestos. Para evitar que ocorra o que houve há cerca de dois anos, quando foi cercado por manifestantes e agredido em Quito, a capital equatoriana, o presidente do país, Rafael Correa, apelou aos líderes das manifestações para que os atos sejam pacíficos. Segundo ele, o governo garante segurança se não houver violência.
“Eles têm todo o direito de se manifestar pacificamente, obviamente”, disse Correa, acrescentando que está “cansado” dos que tentam impor seu pensamento à força. De acordo com o presidente, recentemente foram capturados no país dez homens suspeitos de terrorismo, ligados ao grupo Combatentes Populares e à luta armada.
Em 2010, cerca de 800 policiais fizeram uma série de protestos no país. Eles não aceitaram a aprovação de uma lei que acabava com alguns benefícios, como bônus, gratificações e promoções para funcionários públicos. As manifestações levaram a confrontos entre críticos e simpatizantes do presidente.
Na ocasião, Correa foi cercado pelos manifestantes e acabou agredido. Para evitar o agravamento da situação, ele se refugiou em um hospital da capital equatoriana. O presidente classificou a reação como uma tentativa de golpe de Estado.
Para ele, todos os manifestantes deveriam ser expulsos da corporação. Correa ameaçou dissolver a Assembleia Nacional, com base na Constituição, que lhe dá esse poder. O governo estava insatisfeito com as rejeições recentes de projetos enviados pelo Executivo ao Legislativo. Ao final, houve um acordo, evitando o acirramento dos ânimos.
*Com informações da agência estatal de notícias de Cuba, Prensa Latina//Edição: Graça Adjuto