Funcionários da Finep aprovam continuidade da greve por tempo indeterminado

12/01/2012 - 16h09

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Os funcionários da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), no Rio de Janeiro, decidiram hoje (12), em assembleia, pela continuidade da greve que começou ontem, (11). O movimento, segundo diretor do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Ronald Carvalhosa, é em repúdio à postura do presidente da Finep, Glauco Arbix, que retirou da negociação propostas apresentadas anteriormente pela empresa e já acordadas com a categoria.

Segundo Carvalhosa, o impasse se estende desde outubro do ano passado e afeta os cerca de 600 funcionários da Finep. Segundo ele, há falta boa vontade da direção da empresa para resolver a situação. “O grande problema é que a empresa colocou uma proposta na mesa e depois retirou”, disse à Agência Brasil.

No momento, estão sendo feitas gestões no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e no Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (Dest), do Ministério do Planejamento. “Nós estamos tentando abrir canais de negociação com o governo federal, não só na empresa, mas no ministério e no Dest”. Por enquanto, os funcionários da Finep não receberam nenhuma sinalização do governo central sobre a questão.

Os compromissos assumidos na mesa de negociação garantiam incorporação da Gratificação Especial Temporária (GET) para os servidores de nível médio da Finep, reajuste de 9% e adicional de 6%. Ronald Carvalhosa explicou que isso somava um piso total de R$ 2 mil para essa faixa de funcionários, para uma jornada de oito horas diárias de trabalho.

Ele destacou ainda que o piso para os trabalhadores de nível médio do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal é R$ 1.728 e do setor privado em torno de R$ 1.400, mas se referem a jornadas de seis horas. “Esse piso [da Finep] não é nenhum absurdo”, declarou.

Para os funcionários de nível superior da Finep já está acordado reajuste de 9%. Eles reivindicam equiparação da participação nos lucros e resultados (PLR) à da categoria bancária; pagamento do abono de fim de ano, tradicional na empresa, e que não ocorreu em 2011; avanços na questão da isonomia entre servidores novos e antigos e proporcionalidade no custeio do plano de saúde que, no ano passado, teve reajuste médio de 70%.

A categoria voltará a se reunir amanhã (13), no começo da tarde, para discutir os desdobramentos do movimento.

 

Edição: Aécio Amado