Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A tuberculose, doença passível de ser prevenida, tratada e mesmo curada, ainda mata cerca de 4,7 mil pessoas todos os anos no Brasil. Os dados são do Fundo Global Tuberculose Brasil, que preparou ações em todo o país para marcar o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, lembrado hoje (24).
A data foi criada em 1982 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em homenagem aos 100 anos do anúncio do descobrimento do bacilo causador da tuberculose. A doença infectocontagiosa afeta principalmente os pulmões, mas também pode ser identificada em órgãos como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro).
Atualmente, o Brasil ocupa o 19º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo. São notificados anualmente 72 mil novos novos da doença no país. O maior desafio, segundo o fundo, é a mobilização social a partir da realização de uma agenda comum, capaz de alertar e orientar a população sobre os riscos da doença, os sintomas, a prevenção, o diagnóstico e o tratamento.
De acordo com o Ministério da Saúde, os sinais e sintomas mais frequentes são tosse seca contínua no início e com presença de secreção por mais de quatro semanas, transformando-se em uma tosse com pus ou sangue. Há ainda cansaço excessivo, febre baixa geralmente no período da tarde, sudorese noturna, falta de apetite, palidez, emagrecimento acentuado, rouquidão, fraqueza e prostração.
Alguns pacientes, entretanto, não exibem nenhum indício da doença, enquanto outros apresentam sintomas aparentemente simples, ignorados durante alguns meses ou mesmo anos.
A transmissão da tuberculose é direta, de pessoa a pessoa. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir, pequenas gotas de saliva que podem ser aspiradas por outro indivíduo. Pessoas com aids, diabetes, insuficiência renal crônica, desnutridas, além de idosos doentes, alcoólatras, viciados em drogas e fumantes são mais propensos a contrair a tuberculose.
Para prevenir a doença é necessário imunizar crianças de até 4 anos – sobretudo as menores de 1 ano – com a vacina BCG. A prevenção inclui ainda evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados.
Edição: Graça Adjuto