Da Agência Brasil
Brasília – Este ano, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) apoiou 12,9 mil empresas de 80 setores produtivos, que exportaram US$ 26,83 bilhões entre janeiro e outubro. As informações são do presidente da agência, Alessandro Teixeira. Segundo ele, as exportações apoiadas pela Apex saltaram de 7% de participação em 2007 para 16,43% do total exportado pelo país.
Para 2011, a Apex vai dar maior atenção às exportações do setor manufatureiro, um dos que mais está sentindo os efeitos da sobrevalorização do real. De acordo com Teixeira, há segmentos onde o Brasil é bastante competitivo. “Estamos falando do setor de calçados, móveis, máquinas e equipamentos, têxtil e vestuário. Esses são setores nos quais o Brasil tem uma diversidade, tem um número de empresas importante e tem competitividade”, analisou Teixeira.
Para o presidente da Apex, as exportações brasileiras devem repetir, em 2011, o desempenho de 2010, estimado em US$ 198 bilhões. Mas ele ressaltou que é possível ir além, caso a economia da Europa consiga amenizar a crise fiscal que atinge alguns países do bloco. “Se houver uma recuperação da Europa nos próximos meses, devemos ultrapassar o patamar de US$ 200 bilhões em 2011, o que seria um feito histórico para um país que, há apenas oito anos, exportava apenas US$ 60 bilhões”.
Ele disse ainda que há mercados que o Brasil precisa explorar melhor, como a Ásia e a África. “Se pegarmos a África e a Ásia e conseguirmos manter a mesma intensidade com os países do Oriente Médio, nós vamos ver que teremos uma expansão do comércio exterior brasileiro muito forte”, disse.
Entre os mercados de destaque das exportações brasileiras estão o Irã e a Venezuela. Juntos, representam 7,54% das exportações de empresas brasileiras. “Tivemos um forte trabalho de inteligência para mapear e abrir novos mercados em países que não atingíamos”, disse Teixeira, que também destacou a importância da participação de empresários brasileiros em feiras, exposições e eventos de negócios no exterior. “Em quatro anos, são quase 4 mil eventos, o que resulta em um volume significativo de interação entre as empresas brasileiras e os compradores estrangeiros”.
Edição: Vinicius Doria