Lixo inglês só deve sair do Brasil no domingo

30/07/2009 - 16h50

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Oscontêineres de lixo enviados ilegalmente ao Brasil pelo ReinoUnido devem ser devolvidos no próximo domingo (2). O navio quetransportará o lixo deve chegar ao Porto de Rio Grande (RS) nosábado (1º), mas o embarque dos contêineres sódeve ser concluído no dia seguinte, com saída previstapara o meio da tarde.

De acordocom o chefe do escritório do Instituto Brasileiro do MeioAmbiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em RioGrande, Sandro Klippel, os 40 contêineres de lixo que estãoarmazenados no porto poderão ser devolvidos nessa leva.

“Estátudo pronto com a documentação, inclusive doscontêineres que estão em Santos”, informou Klippel, hoje(30). Segundo ele, após deixar o Porto de Rio Grande, o naviodeverá passar pelo Porto de Santos (SP) e recolher mais 41contêineres de lixo britânico, antes de seguir para aEuropa.

Uma outraremessa de lixo, ainda sem previsão de data, terá queser feita para despachar o conteúdo de oito contêineres,que foram abertos e esvaziados no porto de Caxias, também noRio Grande do Sul.

No total,o Brasil recebeu mais de mil toneladas de lixo enviadas ilegalmentedo Reino Unido. A empresa importadora havia informado ao Ibama que acarga era de polímeros de etileno e resíduos plásticos.Mas o que o Ibama encontrou foram fraldas usadas, pilhas, seringas utilizadas,lixo doméstico, preservativos, entre outros produtos. Os importadores forammultados pelo Ibama e os responsáveis pela exportaçãoestão sendo investigados pelas autoridades ambientaisbritânicas.

OMinistério das Relações Exteriores pediu que adelegação permanente do Brasil em Genebra fizesse umadenúncia à Secretaria da Convenção daBasileia, que trata do controle de resíduos perigosos e do seudepósito.

Pela convenção,qualquer movimento entre fronteiras de resíduos perigosos, emque o material não esteja em conformidade com os documentospoderá ser considerado tráfico ilícito. Aconvenção prevê ainda que os resíduos serãodevolvidos ao país de onde ele foi exportado, que nãopoderá se negar a receber os resídios de volta.