Amazônia vai ganhar “museu vivo”

18/07/2009 - 10h47

Luana Lourenço
Enviada Especial
Manaus - Vera Amazônia de perto e de dentro da floresta. A proposta de um “museuvivo” para a maior reserva de biodiversidade do planeta está perto deganhar uma sede em Manaus (AM). Criado em janeiro, o Museu da Amazônia (Musa) deve começar a ser instalado em espaço permanente em março de 2010, numa área de 10 mil metros quadrados de verde amazônico.“OMusa é um museu vivo, ou seja, as peças se encontram lá onde elas viveme se reproduzem. São as folhas, as formigas, as aves, os sapos. O quequeremos fazer é criar arquibancadas para que o visitante possa ver,ouvir, ver, cheirar sentir os sons, os odores da floresta e a vida”,explicou o coordenador do museu, Ennio Candotti. Na última semana, oMusa realizou sua primeira exposição, durante a 61° Reunião Anual daSociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Numa mostra doque virá com a instalação definitiva, o museu exibiu imagens, históriase personagens da flora e fauna da região. Alguns pouco conhecidos, comoachados arqueológicos que revelam a existência de comunidades há novemil anos na área do Encontro das Águas, conhecido fenômeno em que, poralguns quilômetros, os rios Negro e Solimões correm lado a lado, sem semisturar. O museu será instalado Reserva Ducke, área doInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Segundo Candotti, aideia é construir trilhas e até passarelas suspensas entre as árvorespara que os visitantes possam ver de perto o acervo vivo, desdeformigueiros até ninhos de pássaros nas copas mais altas. Aquáriosgigantes também estão no projeto e serão as vitrines para a vida deespécies de peixes e mamíferos aquáticos.Apesquisa e o desenvolvimento dos sensores e tecnologias para observaçãodos animais e da floresta também são parte da iniciativa, segundoCandotti. Para a primeira fase de implantação do Musa, já estãogarantidos R$12 milhões, investidos pelo governo do Amazonas.