Manifestantes fecham entrada da Usina de Jirau

13/07/2009 - 17h14

Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Umprotesto contra ações de fiscalização do Instituto Chico Mendes edo Instituto Brasileiros do Meio Ambiente e dos Recursos NaturaisRenováveis (Ibama) em Rondônia está bloqueando a estrada de acessoàs obras da Usina de Jirau, no município de Porto Velho. Oconsórcio Energia Sustentável, responsável pelas obras, informouque as polícias Militar e Federal já foram chamadas. Também está sendo pedida na Justiça uma liminar para que os manifestantes liberem a entrada da usina. Segundo o consórcio, cerca de 800trabalhadores estão ilhados e sem almoço por causa do bloqueio, quecomeçou hoje (13) de manhã. As atividades no canteiro não foramcompletamente interrompidas, mas estão prejudicadas. Deacordo com o superintendente do Ibama em Rondônia, César LuizGuimarães, a usina não tem relação direta com o protesto e estásendo usada como ponto de visibilidade pelos manifestantes. O motivo,na realidade, são as ações de fiscalização que o Ibama e oInstituto Chico Mendes têm feito na Floresta Nacional de BomSucesso, que fica a cerca de 100 quilômetros de Jirau. Guimarãesdisse que as ações de fiscalização têm ocorrido desde 12 de maioe visam a combater a extração ilegal de madeira e a executar ordensjudiciais que determinam a saída dos rebanhos bovinos da reserva ematé seis meses. “Nós estamos apenas cumprindo decisõesjudiciais, mas temos enfrentado resistência, porque, desde que asações começaram, e elas são diárias, a extração ilegal demadeira está paralisada e as atividades relacionadas a ela também”,afirmou Guimarães. Ainda segundo ele, nenhum grupo assumiu aliderança do protesto ou procurou o Ibama para negociar. "Eusei o que estou lendo nos jornais locais. Ninguém do grupo semanifestou conosco. Parece que são madeireiros de Rio Pardo eJacy-Paraná”, afirmou. Guimarães informou que ninguém foi presodurante as ações de fiscalização, feitas em colaboração com oExército e a Força Nacional de Segurança. Houve, no entanto,apreensão de motoserras, caminhões e madeira de foram aplicadasmultas. Conforme a assessoria do consórcio EnergiaSustentável, os manifestantes alegam que as ações do Ibama estãoferindo acordos que os governos estadual e federal firmaram com eles,deixando-os permanecer na reserva.