Febraban prevê PIB de 1,87% este ano

05/02/2009 - 16h24

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB –a soma de todas riquezas do país), em 2009, deve ser de 1,87% e aprodução industrial alcançar 1,29%, de acordocom a pesquisa da Federação Brasileira de Banco(Febraban) de Projeções e Expectativas de Mercados,divulgada hoje (5), na capital paulista. Segundo os dados, a expectativa para o final de2009 é a de que a taxa Selic seja reduzida para 10,75% e ataxa de câmbio fique em R$ 2,27 por dólar. A inflaçãodeve fechar em 4,57% (para o IPCA) e 4,76% (para o IGP-M). Asestimativas admitem ainda a desaceleração docrédito, com as operações chegando a16,18%.Segundo o economista-chefe da Febraban, RubensSardenberg, é pouco provável que o PIB cresçamais do que o indicado pela pesquisa da entidade, porque todos osindicadores mostram desaceleração da atividade. “É importante observar que se o Brasilfechar este ano de 2009 com crescimento de 1,8% vai ser umcrescimento muito significativo comparado ao que estáacontecendo no mundo. É sempre bom lembrar que o mundo estádiscutindo qual o tamanho da recessão e nós qual otamanho do crescimento”, afirmou.Para Sardenberg, existe a tendência e aexpectativa de que os juros caia mais rapidamente a partir de agorae, com isso, os tomadores de crédito poderão obtertaxas mais baixas. Mas a velocidade desse processo deve depender docenário e das incertezas. “Se a incerteza diminuir avelocidade do repasse pode ser mais rápida”, disse. A pesquisa revelou ainda uma preocupaçãocom o aumento da inadimplência que deve ficar em 4,94%. Essecrescimento decorre das demissões e diminuiçãoda atividade econômica do país, com conseqüênciado agravamento da crise no cenário internacional. Na avaliação do economista daFebraban, o aumento da inadimplência e de outras taxas nãodevem comprometer a saúde financeira das instituições.“Esse aumento da inadimplência e as incertezas sobre as taxasneste ano faz com que os bancos fiquem mais cautelosos com relaçãoà concessão de crédito”, afirmou.