CNPq investe em rede de pesquisas sobre malária

03/02/2009 - 19h21

Da Agência Brasil

Brasília - Ocomitê executivo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científicoe Tecnológico (CNPq), se reuniu hoje (3) com representantes doMinistério da Saúde e das Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs)de sete estados para definir as linhas de pesquisa do projeto RedeMalária.Deacordo com o presidente do CNPq, Marco Antônio Zago, o objetivo écriar uma rede de pesquisa sobre a doença. “Esse projeto terá queabordar um sistema que permita criar infra-estrutura para que algunshospitais ou centros participantes possam obter dados e materiais depacientes e criar um arquivo que nos permita entender a dinâmica damalária”, disse. O CNPq e o Ministério da Saúde, emparceria com as FAPs do Amazonas, Pará, Maranhão, de Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo e do Rio de Janeiro, vão investir cerca de R$15 milhões no desenvolvimentode vacinas e no mapeamento genético dos vetores da doença.“Serãodiferentes projetos que poderão envolver mais de um centro, mastodos eles vinculados à temática fundamental que é a malária”,afirmou.Zagoinformou que a cota de bolsas para pesquisadoresainda não foi definida. Eleestima que o edital, o processo de seleção e verificação doscentros devem ser feitos ainda neste primeiro semestre. As atividadesde pesquisa devem começar no segundo semestre e se estendem até2011.Somente em 2008, foram contabilizados 306.347casos da doença no Brasil. De acordo com dados do Ministério daSaúde, a Região Norte foi a que registrou o maior índice de pessoasportadoras de malária, 297.210; seguido do Nordeste, 4.765;Centro-Oeste, 3.964; Sudeste, 391; e Sul, 107. No entanto, entre osanos de 2000 a 2007, ogoverno federal economizou R$ 6,8 milhões com a redução do númerode internações por malária.Deacordo com a FAP do Amazonas, a malária é uma doença infecciosapotencialmente grave, causada por protozoários do gêneroPlasmodium. Segundo o Ministério da Saúde, noBrasil, três espécies estão associadas à malária em sereshumanos. Ostransmissores da doença são os mosquitos do gênero Anopheles. Alémde desencadear acessos periódicos de febres intensas que desabilitamo doente, a doença provoca lesões no fígado, no baço e em outrosórgãos. Os principais sintomas da malária são calafrios,febre alta, dores de cabeça e musculares, taquicardia, aumento dobaço e, por vezes, delírios. De acordo com o Ministério da Saúde, se a doença não for tratata a tempo, o paciente pode desenvolver a chamadamalária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais dadoença.