Militares de Santa Catarina decidem voltar ao trabalho

27/12/2008 - 13h45

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os policiais militares de Santa Catarina, em grevedesde o último dia 22, decidiram hoje (27) suspender omovimento até o próximo dia 7 de janeiro, data acertadapelo governo do estado para início das negociações.De acordo com um dos líderes do movimento, sargento EdsonFortuna, secretário-geral da Associação dePraças de Santa Catarina (Aprasc), a decisão de voltarà ativa atende a apelo da população e “nãosignifica um voto de confiança ao governo de Santa Catarina”.“O governo perdeu toda nossa confiança.Foi o clamor público que nos levou a suspender o movimento.Observamos várias manifestações de pessoas que,apesar de nos apoiarem, de considerarem justas nossas reivindicações,ficaram desesperadas com o estado de insegurança que se formouno estado”, afirmou o sargento. Ele ressaltou que, para muitas pessoas, para osmais pobres, principalmente, a polícia ainda é a últimatábua de salvação. “O nosso grande medo éperder o apoio da população”, disse o sargento,emocionado.Os militares catarinenses querem que o governocumpra o pagamento de um reajuste escalonado de salários, deaté 93%. A lei complementar de 2003, que estabeleceu oreajuste, prevê ainda que o menor salário seja, nomínimo, um quarto do maior. De acordo com os militares, atéagora, apenas metade do que a lei estabelece foi cumprida pelogoverno. A Aprasc informou que a última vez que ospraças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeirosreceberam reajuste salarial foi em 15 de novembro de 2005. Outrareivindicação dos militares é a efetivaçãodo plano de carreira aprovado em 2006, para que as promoçõese movimentações funcionais ocorram mais rapidamente.A data de 7 de janeiro foi definida para o iníciodas negociações em declarações públicasdo governador do estado, Luiz Henrique, e do secretário deEstado da Segurança Pública, Ronaldo Benedet.