Fazendeiro acusado pela morte de missionária é preso no Pará

26/12/2008 - 18h02

Da Agência Brasil

Brasília - O fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, acusado de ser omandante do assassinato da missionária Dorothy Stang, foi preso hoje (26), noPará, por grilagem e estelionato. A prisão preventiva foi pedida peloMinistério Público Federal, após a descoberta da tentativa de negociação do lote55, em Anapu, na região da Transamazônica.“Ele se apropriou do lote, depois negou essa apropriação.Ele, como era conhecido na região, foi preso porque a Polícia Federal descobriudocumentos falsos de grilagem”, disse o procurador da República Felício Pontes,que acompanha o caso.Esse mesmo lote já havia sido grilado por um fazendeiro, maisconhecido como Taradão, nos anos 1990. Pontes disse que, durante a investigação,os depoimentos do fazendeiro sobre a posse das terras foram contraditórios.De acordo com a Procuradoria da República no Pará, oinquérito da PF, que investiga a grilagem, pode dar origem a um processo criminaldo MPF contra Regivaldo, que pode ficar preso até o final do processo.Acusado como mandante do assassinato da missionárianorte-americana Dorothy Stang, Regivaldo Pereira Galvão ficou preso por mais de um ano, mas em 2006conseguiu um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) e aguardava o julgamentoem liberdade.Em novembro, religiosas da Congregação Notredame, à qualpertencia Dorothy, apresentaramdocumentos em que Galvão teria fraudado documentação, que comprovariam a possedo lote 55.Após ser detido, o fazendeiro foi levado para a PolíciaFederal em Altamira. Segundo a Procuradoria da República no Pará, o fazendeirotambém responde a outras ações judiciais, por trabalho escravo, crimesambientais e fraudes.