Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - No último fim de semana antes do Natal, os cariocas correram para as compras. Além dos shopping centers, muitos procuraram o comércio de rua. No principal ponto popular da cidade, a Sociedade dos Amigos e Adjacências da Rua da Alfândega, mais conhecida como Saara, o movimento bateu recorde e ultrapassou 2 milhões de pessoas O Saara tem cerca de 1,2 mil lojas, que vendem diversos produtos como roupas, artigos domésticos e brinquedos. De acordo com o presidente da associação de lojistas, Enio Bittencourt, é a variedade que esquenta as vendas, que devem crescer 20% em relação ao ano passado. “Esperamos um Natal melhor que 2007, que já foi o melhor dos últimos anos”.De acordo com ele, no sábado (20), a Saara bateu recorde de público no ano. Cerca de 1,5 milhão de pessoas escolheram presentes nas lojas populares.“Apesar da chuva, tivemos gente saindo pelo ladrão”. Segundo o presidente da associação, nesse domingo, mais 500 mil pessoas também passaram por lá e levaram presentes para casa.“As pessoas têm comprado muito. A maioria das peças é a mais barata. É um Natal de lembrancinhas”, conta o dono de três lojas de roupas na Saara, Luiz Méier Blumberg. Mesmo assim, as vendas são boas. “Para nós, o Natal das lembrancinhas é melhor porque aumenta o volume de vendas”.Segundo o comerciante, apesar da crise financeira, os clientes devem lotar as lojas até a véspera do Natal (24). Até lé, a Saara funciona em horário estendido, das 9h às 20h. Ele considera que o tempo ameno na capital também é bom para vendas. “O fato de não ter sol, um calor muito grande, tem ajudado”, afirma.No fim da tarde desse domingo, pessoas ainda procuravam lojas abertas. Muitos, com sacolas nas mãos, contabilizavam presentes para toda a família, como é o caso da empresária Vânia Borges. “No Rio, a gente não tem como escapar. Está quase tudo a mesma coisa. Mas aqui temos mais diversidade de preços e produtos que os shoppings”.