Técnicos discutem em Curitiba programa de prevenção e controle de doenças das aves

09/12/2008 - 16h19

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - As ações e os pontos que precisam ser aprimorados no Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) estão sendo debatidos hoje (9), em Curitiba, num encontro que reúne representantes de superintendências federais de agricultura e dos órgãos executores de defesa sanitária animal. Segundo a  coordenadora de Sanidade Avícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Regina Darce, no encontro, os técnicos estão relatando dificuldades e conquistas na prevenção e no controledas doenças que têm que ser noticiadas à Organização Mundial de SaúdeAnimal (OIE), entre elas as salmoneloses, micoplasmoses, gripe aviária e doença de Newcastle. "É a terceira reunião deste ano.Precisamos manter atualizadas  as normas que regulamentam o programa  e aperfeiçoá-las  para garantir a posição brasileira de  terceiro maior produtor e o maior exportador avícula do  mundo”, explicou Regina.

De acordo com dados da UniãoBrasileira de Avicultura, o Brasil terminará 2008 com 4 milhões detoneladas de carne de frango exportadas, atingindo receita cambialpróxima de US$ 7 bilhões, o que corresponde a uma participaçãode 45% do mercado mundial. A expectativa é chegar a uma produção de 11 milhõesde toneladas. Em relação ao mercado interno, a carne de frango deverá,na comparação com outras carnes, manter a liderança de consumoconquistada desde 2006.

Devido a importância do setor e ao risco que constitui uma possível ocorrência da gripe aviária ou doença de Newcastle, é importante, de acordo com a coordenadora, o trabalho de inspeção e sanidade realizado nos últimos anos. Ela destacou que não houve, até agora, registro de casos de gripe aviária no país, uma doença sistêmica que pode ser altamente letal para aves. Já a doença de Newcastle é uma enfermidade viral, aguda, altamente contagiosa, que há 20 anos foi erradicada do Brasil.

Segundo a coordenadora, um grande desafio é aproximar a avicultura de subsistência, familiar, da avicultura comercial. “Devem terinteresses iguais, somos todos parceiros, com um objetivo comum que éproduzir plantel seguro para o consumo e comercialização. Qualquerenfermidade compromete a posição brasileira, traz grandes prejuízos e barreiras que impedem a comercialização”, enfatizou.